domingo, 16 de dezembro de 2007

Mulheres na Presidência.

Muito tem sido dito sobre Hillary Clinton, uma mulher, ser a candidata democrata com maiores chances de ser a candidata democrata e acabar levando a presidência dos Estados Unidos ano que vem. Eu particularmente espero que Obama vença tanto a nomeação democrata quanto a presidência, mas o poder finacneiro e político dos Clinton não é fácil de ser vencido. Existem duas questões importantes nessa frenesi americana relativa à possibilidade de uma mulher na Casa Branca.

Primeiro: será que apenas por ser uma mulher as propostas de Hillary (ou de qualquer outra mulher) tratam da questão de gênero de uma maneira satisfatória? Uma mulher na presidência seria vitória suficiente caso suas propostas não fossem inovadoras sob esse ponto de vista? Parece que Obama está tentando seduzir o eleitorado feminino com essa pergunta. E eu ando acreditando nele, que não, não seria suficiente apesar de representar sim uma vitória apenas por ser uma mulher. E, no caso dele, um negro.

Segundo: vários paises do mundo tem ou já tiveram mulheres na presidência ou em posições de muito poder. Porque chamar Cristina Kirchner de a “Hillary da Argentina” como vi em vários jornais americanos, e não o contrário? Afinal, Kirchner é presidente e não apenas candidata à candidatura como Hillary. Porque não lembrarmos de Indira Gandhi, Benazir Bhutto e tantas outras? Este é um país muito paradoxal em relação à posição da mulher na sociedade. Algumas vezes progressista e muitas outras retrógrado demais.

2 comentários:

A Dona do Bloguinho disse...

Excelentes comentários, Letícia!

Olha, eu não vejo porque as pessoas acham que a Hillary vá tratar a questão da mulher de maneira mais satisfatória que um presidente homem. Aliás, acho que é um preconceito meio às avessas, dá a entender que ela não tem capacidade para lidar com as questões masculinas, que um presidente homem não tem real capacidade de defender os direitos da mulher, ou que é preciso uma mulher para mudar algo.

A Hillary enquanto senadora fez alguma coisa que prestasse para avançar a condição da mulher? Nos oitos anos que o marido foi presidente e ela mandava nos bastidores, o que foi sugerido, legislado e aprovado em prol das mulheres?

A legislação americana é pavorosa no quesito licença-maternidade, por um acaso ela fez alguma coisa para mudar isso? Só para ficar no básico.

E tem mais: eu não posso ser a única pessoa que leu o livro do Clinton e achou um tremendo absurdo ele se desculpar a Hillary e a filha pelo caso com a Monica Lewisnki, com aquela discurso de "falhei com a minha família e o meu país", mas em momento algum fez qualquer menção do quanto ele agiu errado com a Mônica. Ela não era santa e com 22 anos tinha idade suficiente para saber que não devia se envolver com o chefe casado e presidente do país. Mas ela só tinha 22 anos e ele era o presidente do país, o homem mais poderoso do mundo, que agiu errado com a estagiária com idade para ser filha dele. Mas nãããã, a Mônica era "vagaba" e não mereceu pedido de desculpas.

Quanto a Cristina Kirchner, típico de imprensa americana, que tem que rotular as pessoas tomando algum exemplo americano, mesmo que no caso a Cristina já tenha uma longa estrada na política

Bjs bjs

Fernando L Lara disse...

pois eh, e ainda tem a questao da aristocracia, com Hillary eleita, a serie historica desde 1988 sera Bush-Clinton-Clinton-Bush-Bush-Clinton. E depois, Jeb ou Chelsea?