segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal!

Feliz Natal!
Merry Christmas!
Feliz Navidad!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

País Civilizado.

Isto é que é um país civilizado. O Uruguai é o primeiro país da América Latina a aprovar a união civil entre gays. O senado Uruguaio aprovou a legislação por unanimidade. Através dessa legislação são reconhecidos e garantidos alguns direitos importantes aos casais como herança e pensão.

Apenas uma ressalva, não se trata da legalização do casamento gay da maneira como entendemos casamento. Arrumam-se os papéis e casa-se amanhã de papel passado. O que foi aprovado foi o reconhecimento da união gay e a garantia de alguns direitos após 5 anos vivendo juntas/juntos. Não é exatamente a mesma coisa mas significa uma enorme vitória. Gostaria muito de ver o Brasil nesse caminho. Fiquei curiosa em relação a lista de países que aprovam a união gay e o casamento gay. Alguém saberia nos dizer?

Veja mais sobre isso:
New York Times
BBC
O Globo
CBS

Procurei alguma coisa sobre o assunto em três jornais Uruguaios -- La República, El País e El Observador -- e nada encontrei. Pode ser pura incompetência minha não ter encontrado ou pode dizer algo, não? Se alguém encontrar, repasse, por favor.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Mulheres na Presidência.

Muito tem sido dito sobre Hillary Clinton, uma mulher, ser a candidata democrata com maiores chances de ser a candidata democrata e acabar levando a presidência dos Estados Unidos ano que vem. Eu particularmente espero que Obama vença tanto a nomeação democrata quanto a presidência, mas o poder finacneiro e político dos Clinton não é fácil de ser vencido. Existem duas questões importantes nessa frenesi americana relativa à possibilidade de uma mulher na Casa Branca.

Primeiro: será que apenas por ser uma mulher as propostas de Hillary (ou de qualquer outra mulher) tratam da questão de gênero de uma maneira satisfatória? Uma mulher na presidência seria vitória suficiente caso suas propostas não fossem inovadoras sob esse ponto de vista? Parece que Obama está tentando seduzir o eleitorado feminino com essa pergunta. E eu ando acreditando nele, que não, não seria suficiente apesar de representar sim uma vitória apenas por ser uma mulher. E, no caso dele, um negro.

Segundo: vários paises do mundo tem ou já tiveram mulheres na presidência ou em posições de muito poder. Porque chamar Cristina Kirchner de a “Hillary da Argentina” como vi em vários jornais americanos, e não o contrário? Afinal, Kirchner é presidente e não apenas candidata à candidatura como Hillary. Porque não lembrarmos de Indira Gandhi, Benazir Bhutto e tantas outras? Este é um país muito paradoxal em relação à posição da mulher na sociedade. Algumas vezes progressista e muitas outras retrógrado demais.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Tomando café com bebê-flor.

Todos os dias penso nas mil coisas que gostaria de estar escrevendo no blog, mas não tem sobrado tempo para nada. Entre Ann Arbor e NY, entre o trabalho na universidade e na ONU, a filha, a barriga que está enorme, o marido, os amigos e a família, não tem dado nem para respirar. Mais vão aí algumas anotações do cotidiano que andam povoando minha cabeça.

Porque o Starbucks insiste naquele negócio chato de grande, tall, venti e sei lá mais o que para os tamanhos dos copos? Eu sei o tamanho do que quero na linguagem Starbucks ou em italiano, inglês, português... mas insisto em pedir em língua corrente do pais onde estou. Fiquei pensando que o objetivo deve ser fazer a gente se sentir parte (ou não) de uma tribo, aqueles com copo de café, capuccino ou latte todos os dias. Essa prepotência está me dando nos nervos e só por isso estou pensando em mudar o lugar onde compro meu capuccino quase diário. Aquele que tem me mantido acordada de manha...

Outro dia peguei um táxi do aeroporto para a ONU e o motorista insistiu que bebê-flor é na verdade um menino (se não for flor do que vou chamá-lo? aceito sugestões). Obviamente tratava-se de um indiano, e quem já esteve na Índia como eu sabe que os indianos em geral adoram fazer previsões sobre o futuro, principalmente o seu futuro. Quando estive lá fiz meu mapa astral, onde estava "escrito" que meu marido seria preso no ano seguinte. Isso foi em 2000 e até hoje nada. Acho e sinceramente espero que o período de "carência" dessa previsão já tenha passado. Mas voltando ao assunto, o tal motorista insistiu muito e disse que meu marido ficaria muito feliz se fosse menino porque já temos uma menina. Disse a ele que meu marido se sente o pai mais amado do mundo e que meninas amam seus pais pra valer, ficam grudadas no pai, uma coisa bem Freudiana. Também disse que tinha feito dois ultra-sons em dois países diferentes e em ambos os médicos confirmaram ser uma menina. De nada adiantou. Ele me deu seu cartão e disse que eu entrasse em contato para agradecê-lo por ter me alertado que seria um menino. Resultado? No próximo ultra-som vou ter de perguntar se o sexo de bebê-flor mudou desde a última consulta...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Mary, merry e marry.

Esse eu adorei. Vi na Andrea. Determina do tipo do seu sotaque em ingles. Mas o que eu mais gostei foi da pergunta:

The three words MARY, MERRY, and MARRY. How do you say them?

E eu que nem boba repetindo as 3 e achando que de fato falo todas da mesma forma, com pouquissima diferenca na enfase da silaba... Rachei de rir.

What American accent do you have?
Neutral

You're not Northern, Southern, or Western, you're just plain -American-. Your national identity is more important than your local identity, because you don't really have a local identity. You might be from the region in that map, which is defined by this kind of accent, but you could easily not be. Or maybe you just moved around a lot growing up.

Personality Test Results

Click Here to Take This Quiz
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domingo, 18 de novembro de 2007

Black Friday.

Para quem não sabe, Black Friday é a sexta-feira depois do dia de Ação de Graças nos estados unidos, que é sempre celebrado na quinta-feira. O objetivo maior, como não poderia deixar de ser nessa sociedade extremamente consumista, é: comprar. Já de olho no Natal as lojas fazem ofertas de um dia que de fato valem a pena. Normalmente, as melhores ofertas acontecem muito cedo e tem até fila às 6 da manha em algumas lojas. É isso aí - a maioria das lojas abre as 6 AM e fica tudo lotado. Uma loucura! Isabella postou recentemente sobre o assunto, e adicionou alguns descontos também.

Então vai a dica. Para quem está nos estados unidos e pensando em ir às compras, olhe as ofertas das maiores lojas com antecedência nesse site e neste também e decida onde ir. Mas vá por sua própria conta e risco e não diga que não avisei. É uma loucura! Vou me "abastecer" de comestíveis bem gostosos com antecedência e vou ficar quietinha. Eu não vou nem ao supermercado comprar leite. Não pretendo entrar nem em supermercado, quanto mais em loja...

sábado, 17 de novembro de 2007

Chutando o bucket.

Vi no Duas Fridas e decidi batalhar pelo meu titulo tambem. No meu caso, sempre tem de ter um baldezinho para eu chutar. Adorei.




My Peculiar Aristocratic Title is:
Entirely Miss Reverend Lady Leticia the Evanescent of Ofsted in the Bucket
Get your Peculiar Aristocratic Title

sábado, 10 de novembro de 2007

Cinderela.

Assistindo a um filme domingo a tarde com a flor, a pego chorando no final, quando Cinderela se casa com o príncipe. Os olhinhos mareadinhos assim bem de levinho. Quando perguntei se estava chorando, ela ficou brava e desconversou. Acho que criança de 4 anos também se emociona com filme, música e poesia. Não que Cinderela seja poesia, mas é água com açúcar como qualquer novela da Globo, e eu já chorei em muito final de novela...

Caetano Veloso.


Confesso que passei bastante tempo com preguiça de Caetano.

A época da faculdade foi de total fascínio por ele e suas músicas. Quem não passou por isso? O Quereres era, para mim, a explicação da tranqueira amorosa que todos passamos algum dia. Circuladô é um disco maravilhoso, desde o álbum ao show. Usei todas as minhas economias na época para assistí-lo no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Uma pequena fortuna. Depois veio Tropicália 2 com o Gil e eu concordava que o Haiti era mesmo ali. Bem, passada essa fase de fascínio, veio uma preguiça tão grande, mas tão grande que eu parei de ouvi-lo por uns bons anos. A preguiça era mais da pessoa que da música, mas não conseguia dissociar uma da outra. Caetano fala demais e de tudo. Até aí tudo bem, também falo muito. Mas o que é pior, dá palpite em tudo e de uma forma bem Caetano, se é que me entendem, bem centro das atenções. Essa fase coincidiu com uma certa mesmice musical de Caetano e não conseguia achar muita graça no álbum Livro e em nenhum outro que veio depois de Circuladô. Nem o álbum em espanhol me impressionou muito.

Toda essa sensação de preguiça e mesmice acabou de vez ontem a noite ao assistir o novo espetáculo de Caetano, no Hill Auditorium, aqui em Ann Arbor. Já tínhamos o CD há alguns meses e aquele novo estilo já estava me conquistando. Mais inovador, diferente da maior parte do que tinha feito antes. As músicas são fortes e agressivas e parecem refletir seu momento de vida durante a separação. Aquelas músicas já estavam me agradando muito mas ao vê-lo no palco ontem voltei a ser uma fã incondicional... Por duas horas, Caetano cantou blues, bossa nova, samba, rock & roll, em português, inglês e espanhol. O repertório não poderia ter sido melhor. Claro, todas do álbum novo mais London London, Desde que o Samba é Samba, O Homem Velho, Fora da Ordem, Coração Vagabundo, entre várias outras. Até Leãozinho para relembrar dos velhos tempo teve no bis. Entre as musicas novas, adorei as interpretações de Musa Híbrida e Odeio Você. Alias, que catarse maravilhosa cantar o ódio-amor que existe nessa musica. Quem não odeia a quem se ama de vez em quando? Uma batida mais pesada, bem vanguarda e um Caetano cheio de vontade de estar ali, alegre, pulando sem parar por 2 horas, correndo no meio do publico e esbanjando energia. Um show de luzes bem pensado, uma banda jovem, releitura de clássicos e músicas novas. No meio do show, ele diz algo assim: “No Brasil sou conhecido por falar demais, o que me perguntam eu respondo, acabo sendo muito criticado por isso, mas quer saber, não estou nem aí, I don’t care. Falo tanto, mas tanto que durante a última eleição presidencial consegui desagradar a direita e a esquerda, se é que esses termos ainda existem.” Achei tudo muito bom, muito lúcido e fiquei pensando como ele teve o poder de se re-inventar, inovar e ainda por cima curtir estar ali com tanta vontade e energia. Uma noite memorável mas, para mim, acima de tudo, uma noite que colocou Caetano definitivamente de volta na minha trilha sonora atual.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Amor médio-muito.

- "Mamãe, amo o papai muito e amo você muito!"
- "Que bom, filha, fico feliz em ouvir isso!"
- "Mas eu amo o papai muito muito e você eu amo médio muito."

Engoli seco e deixei passar, claro. Deixaria de qualquer jeito, mas especialmente nessa nossa fase atual. Entendo perfeitamente ela verbalizar esse amor medio-muito e fico até feliz em vê-la expressando seus sentimentos de maneira saudável e clara. Afinal, estou meio ausente, apesar de estar fazendo das tripas coracao (séculos que nao uso essa expressao!) para estar presente.

Com esse trabalho na ONU tenho ficado entre Ann Arbor e NY e, por isso, ela tem sentido muito a minha falta. E eu a dela, morrendo de saudade, aflicao e dor. Mas sabia que ia ser assim e nao foi uma escolha facil. Antes de chorar pelas dificuldades penso que há ganhos. Fora o ganho profissional, nao é tao mal que ela seja tambem apegada ao pai e esse é um tempo para isso. Ainda mais levando em conta a chegada da flor-bebê em Fevereiro. E além disso falta praticamente só mais um mês de trançaçao porque o resto eu vou fazer em casa com meu marido e minha flor, esperando flor-bebê chegar para aumentar nosso jardim.

Metrô e afins.

Finalmente ontem lembrei de colocar meu Ipod na bolsa para minha viagem de metrô. Dado que da porta de casa até o trabalho gasto uma hora entre caminhada e metrô, chamo de viagem mesmo. Não é que o marido-maravilhoso colocou mil músicas novas no meu Ipod! Finalmente saí do trinômio Amy Winehouse, U2 e Madonna que já dura... tenho vergonha de dizer... um ano. Lenine, Paralamas, Marisa Monte, Jorge Mautner e mais uma infinidade de coisa boa.



Madonna eu só escuto pra fazer ginástica, mas ontem nao resisti e deixei rolar quando apareceu na listinha. Fiquei pensando no quanto a Madonna é foda. A mulher comecou como material girl nos anos 80, ficou famosíssima, tudo bem tudo bem, muitas vezes gracas as mil provocacoes, videos e filmes controversos e de qualidade duvidosa, e a vida meio maluca com direito a divórcio problema de Sean Penn e tudo o mais. Se me lembro bem até acusacoes de agressao e outras baixarias rolaram na época. Mas… continuou na mídia. Aí se reinventou e decidiu brincar de casinha, com direito a dois flhos que mal aparecem na mídia e marido inglês. Detalhe, more na Inglaterra e posa de lady e familia comportada. Aderiu à ioga, cabala e tudo o mais para se adequar ao estilo neo-mística-moderna. E apesar de nao vender tanto mais, continua um ícone e se reinventando. E seus fihos sem nenhuma episódio a la Britney. Essas mocinhas têm muito o que aprender.



E também no metrô eu morri de rir ao ver uma propaganda de branqueamento de pele. Claro, o negócio em si já é opressor e li varios posts interessantes sobre o lado serio do negocio. A tal propaganda era estilo antes e depois. A pessoa pós tratamento era completamente diferente da anterior. Nao estou falando de maquiagem ou cabelo que sempre aparecem mais arranjadinhos depois do tratamento, qualquer que seja sua natureza. Era um homem antes e depois uma mulher! Ha ha ha! Mais barato deve ser, pague pelo clareamento de pele e leve mudanca de sexo. Mas e o perigo? Cruz credo!

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

28 de Setembro.


28 de Setembro: Dia pela Descriminalização do Aborto na América Latina e Caribe

Mais informações no Blog "Mulheres de Olho" e na página do CLAM.

P.S.: A imagem do cartaz foi tirada do Blog Mulheres de Olho.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

E as meninas arrebentaram...


Muita alegria ver o time de futebol feminino do Brasil na final da copa do mundo depois de uma vitória avassaladora por 4x0 em cima dos Estados Unidos. Como se não bastasse, Marta ainda é a artilheira do campeonato. Se o futebol masculino tem deixado a desejar, no feminino está sobrando! Que o país pare pelo menos um pouquinho para aplaudir o futebol feminino e o valorize do jeito que deveria porque essas mocas estão nos trazendo muito. E jogam lindo! Vamos esperar a final contra a Alemanha no domingo.

Duro foi assistir ao jogo com os comentaristas americanos da ESPN torcendo (claro!) contra o Brasil e chorando a expulsão da Shanno Boxx no finalzinho de primeiro tempo. Ah nem!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

"Gravidated".

- Mamãe, quando é que eu vou ficar “gravidated”?
- Ah filha, vai demorar… Primeiro você vai se tornar uma moça, depois uma mulher, depois vai encontrar uma pessoa bem bacana, vai se casar e resolver ter filhos…
- Mas mamãe, não precisa casar para ficar “gravidated”…

!!!

- E onde você ouviu isso?
- Ah mamãe, tem uma estagiaria lá da escola que esta “gravidated” e não é casada não…
- Mas como é que você sabe disso filha?
- Ah, eu ouvi as professoras conversando que ela ainda vai casar…

...

Ao que eu arrematei…
- É filha, a verdade é que precisar não precisa mesmo não, mas é bem melhor assim porque ai os dois pais estarão sempre bem pertinho dos filhos todo dia, cuidando juntinhos no dia a dia…

...

Reparem no meu cuidado em dizer os “pais” e não o papai e a mamãe porque eu já estava esperando o ser mais antenado do mundo me pegar de novo dizendo – mas mamãe, criança pode ter duas mães ou dois pais também porque a Cecília tem duas mães, o Josh e o Ben também...


Detalhe 1: Ela tem 4 anos e meio e anda com as antenas mais do que ligadas!
Detalhe 2: Claro que esse papo de “gravidated” se deve ao fato de ela estar aguardando a chegada do bebê e estar completamente antenada para o mundo das “gravidateds” e afins…

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Freedom of speech? Verdade?

Ontem, Ahmadinejad, o controverso presidente Iraniano falou na Universidade de Columbia, em Nova York. O convite já tinha gerado muitas criticas e o negocio estava pegando fogo, principalmente depois de sua presença ter sido vetada no Ground Zero, em Nova York. A propósito, ele está na cidade para participar da Assembléia Geral do ONU, que ocorre essa semana. Um jornal em NY publica manchete: “O demônio está aqui”, obviamente se referindo também ao fato de Chavez ter chamado Bush de demônio ano passado, durante o mesmo evento nas Nações Unidas.

As criticas vão na linha de que este sujeito seria o mensageiro do terror. Alem disso, ontem, ele falou perolas como a de que não existem homossexuais em seu pais. Ahmadinejad já era conhecido também por soltar aos quarto ventos que existem duvidas quanto ao massacre dos judeus durante o Nazismo e que esse assunto merece ser melhor pesquisado. E repetiu isso ontem, claro.

Já se sabendo o teor de suas declarações, porque o convite? Porque chama-lo para uma palestra em Columbia? Fala-se em liberdade de expressão, freedom of speech... De fato tiro o chapéu a Columbia, essa deveria ser uma forma de promoção da liberdade de expressão, principalmente na arena academica. E aí achei a atitude da universidade bastante progressista e pensei estar aberta ao debate. Mas sera que estava mesmo?

Ontem, lendo a cobertura do evento, tive duvidas. O reitor de Columbia (Lee Bollinger, que por sinal e ex-reitor de Michigan) já apresentou Ahmadinejad dizendo que o Ira promove o terror, não adere as regras internacionais de segurança impostas pelas Nações Unidas, etc, etc, etc. Ao que Ahmadinejad respondeu dizendo que, no Ira, palestrantes não são apresentados de cara com criticas para garantir aos alunos o espaço para a formação de opinião.

Sim, fica difícil defender alguém que diz não existirem homossexuais em seu país, por exemplo, e não e esse meu objetivo. Mas percebam que a essência do debate parece estar se perdendo e esse é meu ponto. O teor da visita e do convite para o seu pronunciamento não deveria ter sido o do espaço garantido a liberdade de expressão? Principalmente sabendo-se muito bem de suas posicoes?

Território perigoso esse em relação a Ahmadinejad. Ele fala na ONU hoje a tarde. Vamos aguardar. Depois do “cheiro de enxofre” do Chavez se referindo ao Bush ano passado, quero ver se Ahmadinejad consegue ser mais criativo!

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Uma nova vida.

Foi em Novembro do ano passado, em uma consulta de rotina do pré-natal. Semana 11. A médica não consegue ouvir batimentos cardíacos, mas não nos preocupamos. A experiência da gravidez da flor tinha sido tão tranquila que não nos passou pela cabeça que poderia haver algum problema. Afinal, eu estava me sentindo muito bem. Chega o aparelho de ultra-som. Não há batimento cardíaco. Trata-se de uma gravidez interrompida, a médica nos diz. Sim, é muito comum. Sim, poderia engravida r de novo e ter outro filho. Sim, já temos uma filha super feliz e saudável. Sim, sim, sim. Mas fazer parte dessa estatística não diminui em nada a dor da perda e do desamparo. Isso sem falar na culpa, algo, por definição, inerente a toda mãe. O que eu fiz de errado em algum momento daquelas 11 semanas? Foi o congresso no México? Foi ter demorado a almoçar naquele dia? Foi ter dormido mal? Ansiedade? Não fiz absolutamente nada de errado. Apenas não dependia de mim, como tantas outras coisa na vida não dependem da gente. Mas o que eu não sabia é que tão difícil quanto a perda de um sopro de vida tão desejada, seria acreditar que outra vida tão desejada seria possível. Ela é possível e está aqui. Semana 10. Existe batimento cardíaco compatível com 10 semanas e o embrião está crescendo de forma normal. Está tudo normal. Apenas meu coração está apertado, torcendo para que dessa vez essa nova vida venha, saudável e feliz.

P.S.: Queridos 5 leitores, a ausência se deve ao coração apertado. Mas de tão apertado, não coube mais nada, transbordou, e estou de volta.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

coitado do Seu Jorge

ontem assistimos a um show duplo aqui em Ann Arbor. Na primeira metade, Seu Jorge foi genial, encantou a platéia com varias conversas em inglês e levantou todo mundo com sua voz rasgada e suas variações de ritmo. Mas ele estava só abrindo o show da atração “principal”, Cesária Évora, cuja modorra e repetição fizeram bocejar até os mais entusiasmados que tentaram se mexer no início ainda embalados pelo swing de Seu Jorge. Não que eu não goste de Cesária Évora, tenho alguns CDs e escuto com certa freqüência, funciona muito bem na hora de se concentrar pra escrever por exemplo, aquela melodia meio big band anos 50, aquela voz escorregadia. Mas o show é chato de doer. Cesária não fala uma palavra com o público, nem em português nem em francês, canta quase parada e depois de uma hora nós já estávamos achando que ela estava repetindo músicas. Ah não, peraí, é que as músicas são todas iguais mesmo. E nem pra chamar o Jorge Mario no final. Ou foi o brasileiro que se mandou, entediado como todos nós. De qualquer forma, deu sono e deu pena do Seu Jorge que ta escutando isso a cada dois dias pelo mundo a fora.

ps: meus queridos cinco leitores, ando sumida né? mas prometo voltar assim que terminar um curso super intenso de estatística que eu inventei de fazer no verão. to com saudade de todo mundo mas não estou tendo tempo nem de ler os blogs de vocês.

terça-feira, 29 de maio de 2007

As 7 Coisas.

Quase todo mundo já fez sua lista dos 7. Eu, como sempre atrasada, finalmente consegui terminar a minha. Finalmente, Isabella! Trabalho árduo esse de escolher 7!

Sete coisas que faço bem:
1. cozinhar (marido e filha concordam...)
2. arrumações de modo geral
3. achar barganhas em lojas
4. cuidar da minha flor
5. fazer amizades
6. fazer mil coisas ao mesmo tempo (ou… multitask)
7. segundo meu marido, capacidade lógica

Sete coisas que não faço e não sei fazer (e já desisti…):
1. bater prego na parede (sempre acabo batendo o dedo)
2. guardar as coisas no lugar quando chego em casa (mas em compensação depois, sou ótima!)
3. ser otimista (mas continuo tentando…)
4. “preparar” pratos antes de colocar na maquina de lavar louça (não consigo entender... se tem de enxaguar, prefiro lavar logo de uma vez!)
5. colocar o lixo fora de casa
6. cuidar de bicho de estimação (me perdoem os que gostam de gatos e cachorros, não tenho talento para cuidar desses bichinhos, apesar de gostar de cachorros...)
7. dormir com barulho (adoraria ter esse dom, mas não tenho mesmo)

Sete coisas que me atraem no sexo oposto:
1. inteligência
2. senso de humor
3. lealdade
4. feminilidade (“Quem dera, pudesse todo homem compreender, ó mãe, quem dera…")
5. otimismo
6. companheirismo e compreensão
7. ser um pai bacana

Sete coisas que não suporto no sexo oposto:
1. machismo
2. imaturidade
3. egoísmo (os auto-centrados são péssimos…)
4. mentira
5. enxergar só trabalho, trabalho, trabalho na frente
6. burrice
7. estupidez, grosseria e brutalidade

Sete coisas que digo com freqüência:
1. minha flor
2. beijo, tchau
3. obrigada
4. licença
5. ta difícil
6. E aí? (assim como a Elena)
7. Beleza?

Sete atores/atrizes que admiro (entre tantos outros):
1. Marieta Severo
2. Meryl Streep
3. Marco Nanini
4. Fernanda Montenegro
5. Jack Nicholson
6. Robert Redford
7. Susan Sarandon (assim como a Regina)

Sete atores/atrizes que detesto (entre muitos outros...):
1. Antonio Banderas e sua senhora
2. Kevin Costner
3. Mel Gibson
4. Whoopi Goldberg
5. J-lo, Xuxa e qualquer uma na mesma linha (isso se forem consideradas atrizes...)
6. Regina Duarte (mala, mil vezes mala sem alça)
7. Jim Carrey, mil vezes Jim Carrey!

Sete filmes favoritos (entre tantos outros):
1. Zelig (Manhattan, Match Point, Assassinato na Broadway, Hannah e suas irmãs, Celebrity, Small time crooks, e todos os outros)
2. Mulheres a beira de um ataque de nervos (Volver, Todo sobre mi madre, e todos os outros)
3. Central do Brasil
4. Pulp Fiction
5. Asas do Desejo (Win Wenders e não aquela coisa estranha que foi feita depois…)
6. Terra Estrangeira
7. Casablanca

Sete filmes que eu detesto (entre outros):
1. Ace Ventura (ou qualquer um com o Jim Carrey)
2. Dança com Lobos
3. Todos os pseudo engraçados com o Eddie Murphy
4. A vida é bela (concordo com Maharani nessa -- Roberto Benigni não me agrada)
5. Austin Powers (h-o-r-r-e-n-d-o)
6. Todos de terror
7. Qualquer um com mais de duas explosões

Sete livros favoritos (entre tantos outros)
1. Ou isto ou aquilo, Cecília Meireles (desde sempre eu adoro esse livro – eu deveria ter assimilado a mensagem há muito tempo – ou isto ou aquilo...)
2. Shalimar,Versos Satânicos, Salman Rushdie
3. Grande Sertão Veredas, Guimarães Rosa
4. Memorial do Convento, Saramago
5. Tudo da Adélia Prado
6. Tudo do Nelson Rodrigues (sim, pessoal, a-d-o-r-o aquela baixaria toda, morro de rir)
7. Cidades Invisíveis, Calvino

Sete lugares favoritos (entre outros)
1. NYC (assim como a Andreia)
2. São Francisco
3. Índia (principalmente Rajastao)
4. Barcelona
5. Bahia
6. Qualquer praia, inclusive as praias do lago Michigan como Union Pier, contanto que seja para ficar bem a toa
7. Ann Arbor na primavera e no verão

Passo a bola para Claudia, Flavia, Helê das Fridas, Max e Fernando. É marido, até tu...

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Divisões Perigosas.


Se você está no Rio e se interessa pelo tema políticas raciais, repasso o convite que recebi para o lançamento do livro “Divisões Perigosas: Políticas Raciais no Brasil Contemporâneo”, organizado por Peter Fry, Yvonne Maggie, Marcos Chor Maio, Simone Monteiro e Ricardo Ventura Santos.

Se você não está no Rio e assim como eu se interessa pelo tema, fiquemos de olho para ver quando ele aparecerá no Submarino. Ele ainda não está disponível, mas está com toda pinta de aparecer logo, logo.

A propósito, na Revista Veja dessa semana saiu um artigo denunciando ameaças que os organizadores do livro vêm sofrendo, segundo a antropóloga Yvonne Maggie. Dado que não li o livro ainda e não vi essa notícia em nenhum outro lugar on-line, fica a pergunta: Alguém sabe mais sobre isso? Sera mais alguma noticia fabricada pela Veja?

P.S.: Sim, meus caros 4 leitores, perdoem-me a insensatez, mas eu leio a Revista Veja on-line de vez em quando.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Zeitouna.

Zeitouna é oliveira em árabe. Zeitouna é também o nome de um grupo de doze mulheres que vivem em Ann Arbor -- seis de descendência árabe e seis de descendência judia – e que se recusaram a ser inimigas. Há quatro anos elas se reúnem com o objetivo de se conhecer e entender suas diferenças e semelhanças. Através desse processo, elas buscam transformar sua forma de ver o outro, expandindo o diálogo entre os dois lados e o discurso político do conflito.

À medida que se conheciam, elas percebiam muito mais o igual que o diferente. Inclusive as estórias de perseguição, violência e guerra vividas por elas e suas famílias. Esse processo de conhecimento e diálogo culminou em ativismo e palestras. Agora essa história pode ser vista no documentário “Refusing to be Enemies: The Zeitouna Story”.

O trabalho do grupo é um belo exemplo do que está ao nosso alcance. Nos deparamos com problemas tão enormes – a fome, a guerra, a violência, a homofobia, o preconceito, etc, etc, etc... -- que suas soluções nos parecem inatingíveis e intratáveis. O fato é que a gente pode com o que está a nossa volta. Ensinar nossos filhos e a nós mesmos a enxergar o outro pelo que ele é. É concreto, é real, está próximo. E parece um bom começo.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

E o mundo gira.

Wolfowitz acaba de renunciar ao posto de presidente do Banco Mundial.

Menos um ser da turma do Bush...

Iupi!!!

Vamos comecar o dia bem amanha.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Bilbiotecas públicas e estrelas.

Se tem uma coisa que gosto em Ann Arbor é sua biblioteca pública. Além de todos os livros infantis possíveis, tem também todos os DVDs que a flor gosta. A coleção de livros para adultos é ainda melhor. Recentemente, me interessei pelo livro Cigarettes are Sublime, sugerido pelo Idelber do Biscoito. Tem! Um amigo recomendou um livro sobre Leo Africanus. Tem! E hoje procurei CDS das Les Nubians, sugestão da Regina do Always por um Triz. Tem dois! Já reservei e vou passar para buscar daqui a pouco.

O espaço físico da biblioteca é ótimo para crianças. Ela torna-se ainda mais essencial no auge do inverno, quando precisamos de muita criatividade para programas bons e baratos com a flor. Ela se diverte com as atividades infantis e a contação de estórias. Aproveita também o espaço em si, com casinha de bonecas, aquários, mesinha com aparelho de chá de brinquedo, e muito, mas muito papel colorido, canetinha e crayon. Uma biblioteca pública tão boa é um privilégio. Além de usufruirmos do acervo, do espaço físico e das atividades, a biblioteca nos ajuda a formar na flor o conceito do pegar emprestado e o hábito de frequentar a biblioteca para pesquisar e tirar dúvidas. A idéia não é comprar e sim pegar emprestado, usar e devolver para que alguém mais possa usufruir. Ela lê os livros e assiste aos filmes sabendo que tem de devolvê-los. Além disso, ela sabe que pode procurar respostas para algumas de suas dúvidas nos livros da biblioteca. E sao ttttaaannnnttttaaasss dúvidas e perguntas...

Outro dia mesmo, ela me perguntou, mamãe, você sabe como nascem as estrelas? A mamãe aqui bem que tenta. Como nascem as estrelas, minha flor? Lá no céu tem milhões de estrelas... desviando o ponto da questão. Insatisfeita com a resposta que nem era uma resposta, ela repete, mas como elas nascem? Hum... Por fim, ela mesma sugere, vamos a biblioteca procurar um livro que mostre como nascem as estrelas? Assim, desejo em saber mais pode se transformar em desejo de ler um livro (ou, nesse caso, ser lido para ela) e isso se traduz em pegar o livro emprestado e não necessariamente em comprá-lo.

Além de tudo isso, a biblioteca aceita sugestões para seu acervo e as leva muito a serio. Eu mesma já sugeri dois livros que não havia encontrado na acervo. Minhas sugestões foram recebidas, as mensagens respondidas e os livros comprados. Sinto que o imposto pago à cidade tem retorno, no mínimo, em forma de biblioteca pública!

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Comprimidos perigosos ou nada como um dia após o outro.

Meu dia das mães não terminou nada bem. Acabei o dia com dois comprimidos que estavam grudados lado a lado -- obviamente eu não tinha percebido antes de ingerir -- absolutamente "entalados" no esôfago ou em alguma parte adjacente. Parte adjacente porque não sei nem a ordem nem os nomes dos orgãos direito. Depois de meia hora tentando fazer descer e a dor crescendo, passei mais meia hora tentando fazer subir, se é que me entendem. O dia seguinte está sendo bem animador. Apesar da dor na garganta e no esôfago e do embrulho no estômago, estou bem mais alegrinha.

Ou seja...

1. Muito cuidado ao ingerir comprimidos assassinos!
2. Nada melhor que um dia após o outro!
3. Todo dia é dia das mães se a gente quer é ser feliz. Não preciso de um dia em minha homenagem para ser feliz. Esses dias pré-fabricados têm muita pressão associada...

sábado, 12 de maio de 2007

Feliz dia das mães!


Aquarela/Fernando Lara

Aquarela que ganhei do marido recém chegado da Asia, já de dia das mães. Não diz tudo?

Da flor ganhei um vasinho de flores pintado por ela e com uma colagem de flor plantada e com a foto dela. Tudo adiantado. Fiquei emocionada com os dois presentes - muita alegria.

Feliz dia das mães por aí também!

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Um ser 'superior'.

Marido viajando há uma semana, a trabalho na Coréia e Japão. Eu sentindo uma falta danada dele, tanto do meu marido quanto do pai da flor. E ainda assim estou verdadeiramente feliz por ele estar fazendo essa viagem e descobrindo tanta coisa bacana. Cheguei até a sugerir que ficasse mais um dia para dar tempo de conhecer melhor o Japão.

Só posso ter me transformado em um ser humano 'superior'. : )

Rolfing.

Ano passado fiz as tais 10 sessões iniciais de Rolfing e realmente achei que foi muito bom. Senti mais leveza, parecia que as partes do corpo estavam se conectando melhor e mais harmoniosamente.

Passaram-se uns 10 meses e ontem voltei para uma recauchutagem. Foi uma sessão concentrada nos pés, perna e nas junções da perna com a cintura. Senti essas três partes sendo colocadas de volta no lugar. Cada músculo, ligamento ou sei lá o que. Dói um pouco, mas garanto que é uma dor boa, aquela que tem propósito e que, espera-se, leva a algum lugar melhor. Nesse caso, dizem os rolfistas, esse lugar melhor é onde existe um funcionamento mais eficiente das estruturas do corpo e da relação entre o corpo e a gravidade. Traduzindo. Para o meu corpo significa menos dores na coluna. Assim espero.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Sobra alguém aí???

A igreja católica condena:

1. O divórcio;
2. O sexo antes do casamento;
3. O sexo depois do casamento cujo fim não seja a procriação;
4. O uso de contraceptivo, inclusive a camisinha, mesmo em tempos de HIV e Aids, sem falar nas doenças sexualmente transmissíveis;
5. A união consensual, vulgo, viver juntos "em pecado";
6. União de pessoas do mesmo sexo;
7. O aborto, em qualquer circunstância;
8. Deve condenar também os filhos daqueles em união consensual, dos divorciados, dos homossexuais...;
9. O "ficar", acabo de ler em algum jornal on-line em reportagem cobrindo a visita do papa ao Brasil;

O que mais? Tenho certeza que me esqueci de outras coisas. Então sobra quem? Alguém me diz aí se sobra alguém que não se encaixe em pelo menos uma categoria dessa lista!

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Ano passado, voltando de uma conferência no México, sento ao lado de um jovem seminarista mexicano. Só faltei me atracar e dar uma surra no sujeito. Foram 4 horas muito tensas entre a Cidade do México e Detroit. Para poupá-los de tanta chateação, escrevo apenas um exemplo das barbaridades que ouvi. Entre outras coisas, ouvi que a igreja católica não tem o dever ou sequer o interesse em ajudar aqueles infectados com HIV na África (vários paises africanos, como África do Sul e Botswana, tem uma proporção altíssima de pessoas com Aids/HIV) e que nem a eles a igreja permite o uso de camisinha. Isso porque as pessoas estão morrendo de Aids porque não seguiram os preceitos da doutrina Católica e mantiveram relação sexual para fins que não a procriação, com mais de um parceiro, etc, etc, etc. Claro que essa era a opinião de um ser e não necessariamente representa toda uma instituição. Mas peraí né? Ainda assim não acredito que esteja fora do que a igreja católica prega. Detalhe: a conferência era sobre saúde sexual e reprodutiva. Estava com meus argumentos na ponta da língua. Mas no final das contas eu apelei: Não existe um lugar na bíblia que diz amai, perdoai, ajudai, algo assim?

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Paciência.

A cabeça inquieta, noites maldormidas, muito trabalho, cansaço, desânimo, o corpo já reclamando. Ando precisando de ver o céu azul, de sentir o cheiro das flores, de dançar valsa, de curtir a vida rara. De paciência, de paz, de tempo, de calma. Acredito sim. Mesmo que por meros 4 minutos. Salve Lenine!

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Peitos direitos.

Minutos antes de dormir, depois dos livros, deitadas na cama, lá pelas 9 e meia da noite.

- Mamãe, como é que faz para ter mamá?
- Filha, quando as meninas crescem, lá pelos 11, 12 anos, os seios começam a crescer.
- E os meninos?
- Não, filha, meninos não tem, ao menos não do jeito que as meninas têm, não tem seios não. Você vai ter seu mamazinho lá pelos 12 anos.
- Mamazinho não, mamãe, mamazão!

terça-feira, 1 de maio de 2007

5 Coisas para se fazer em Ann Arbor.

Seguindo a linha dos blogs das Duas Fridas e do Biscoito Fino, aqui vão minhas sugestões das 5 coisas imperdíveis de Ann Arbor. Ann Arbor e' uma cidade universitaria, pequena e muito gostosa. Caso esteja de passagem pelo meio-oeste americano, vale a visita.

1. Zingerman's

Começou como uma pequena delicatessen em uma parte distante do centrinho da cidade. Hoje é famosa nos Estados Unidos inteiro por seus pães, croissants, queijos, doces, sorvetes, bolos... Tornou-se um império: Zingerman's Deli é a matriz. Zingerman’s Roadhouse serve comida americana deliciosa. Na Zingerman's Creamery são feitos queijos maravilhosos, inclusive de leite cru. Tudo é delicioso! Entregam no país todo. Vale conferir!

2. Farmer's Market.
Como não nego as raízes de neta de feirante do mercado central, aaaaddddooorrrooo um mercado. O clima no Farmer's Market é uma delícia. Abre as quartas e sábados, somente de Abril a Dezembro, por motivos óbvios.

3. Jogo de futebol de Michigan.
Sim, trata-se de futebol americano e Michigan é um dos, senão o mais, tradicional do país. Não, não gosto de futebol americano. Mas ver 114 mil pessoas em um estádio numa cidade que tem 150 mil habitantes é um espetáculo que merece menção. Se tudo der certo, assista a Michigan x Ohio State ou Notre Dame.

4. UMS
Assista a uma das 369 opções de shows, concertos, óperas da University Michigan Society. Nós já vimos a Filarmonica de Berlim, Paco de Lucia, BB King, Cesaria Evora, Grupo Corpo e nosso querido Gil. Na próxima temporada tem Caetano. Novamente, em uma cidade de 150 mil habitantes.

5. Michigan Theater.

Assista a um filme no Michigan Theater, um cinema inaugurado no início do século passado e onde, antes de cada sessão é tocado um órgão de quase 100 anos de idade. O cinema é uma graça e a seleção de filmes, muito boa. Nada como um cinema de verdade, bem diferente das salas de shopping center.

Algumas opçõs sazonais: Festival de Cinema Independente, Feira de Arte em Julho, Festival de Verao em Junho/Julho. Esse ano tem Seu Jorge, MOMIX, Baryshnikov, Buddy Guy, alem de uma instalacao do Strange Fruit, entre outros.


Visite o web-site da cidade para dicas de eventos.

Estou escrevendo um post sobre o Chile. Aguardem, caros 3 ou 4 leitores!

Update: Saiu uma reportagem sobre a Zingerman's no New York Times de hoje. Fer, obrigada pela dica do artigo. Um dia depois desse post -- acho que o pessoal do NYT esta' mesmo de olho no meu blog!

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Chile.

Sigo amanha para Santiago para um encontro da Uniao Internacional para o Estudo Cientifico da Populacao (IUSSP). O tema e' envelhecimento em paises em desenvolvimento. E' a primeira vez que me aventuro a pesquisar idosos, e vou falar sobre seus arranjos familiares. O outro lado da distribuicao etaria sempre me fascinou mais, criancas e jovens. Mas confesso estar comecando a gostar dos velhinhos tambem, mas isso sem nunca deixar as criancas e jovens de lado!

O outro lado da moeda, ou quem sabe ate' o mesmo lado da moeda, e' que a flor esta' meio doentinha e me parte o coracao nao estar perto dela. Se ja' fico chateada em viajar quando ela esta' bem, imagine quando nao esta' 100%. E' so' uma tosse forte, mas ainda assim. Levei-a ao medico hoje justamente para ter certeza de que nao e' nada mais serio, tipo pneumonia. Nao e' nao. Quando decidi leva-la `a medica, o marido-cetico disse que tinha certeza que eu ouviria dela que e' uma tosse proveniente de uma virose, muito comum nessa epoca do ano, principalmente dadas as mudancas bruscas de temperatura que temos visto por aqui. E que nao ha' muito o que ser feito a nao ser o que ja' estamos fazendo: vaporizador no quarto, subir a cama, muito liquido. E que ela nao recomenda nem xarope ja' que a pediatra da flor detesta remedio. Nao deu outra. Mas e' melhor ir e ouvir isso nao e' mesmo? Assim vou mais tranquila. Mas ainda assim com o coracao bem apertado.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Lirios.






Os lirios estao perfumando a casa toda. Que venha a primavera! Acho que agora chegou de vez.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Um achado.

Sempre preciso de um assistir um pouco de televisao antes de dormir -- nem que sejam 30 minutos de episodios aaanntttiiggooss de Friends ou Seinfeld. Para mim funciona como valvula de escape, spa, desintoxicacao, ou coisa do genero. Bem, nesses dias de marido viajando aproveitei para tentar assistir aos seriados que ele nao necessariamente gosta. E', eu tenho um lado bem junk. Como nao tem a novela brasileira (a gente nao quer assinar Globo, por opcao) descobri um tal de Brothers and Sisters da ABC que quase cumpre o papel. Uma familia Californiana apos a morte do pai comeca a descobrir seus podres. Dividas, a empresa falindo, uma filha fora do casamento... O enfoque, como o titulo diz, e' na relacao entre os irmaos no meio dessa novela toda. Mas tem tambem a irma~ republicana contra a o resto da familia democrata; tem o irmao gay beijando de verdade os namorados; tem a mae viuva tentando retomar sua vida afetiva. Bla, bla, bla. O fato e' que, para mim, cumpre a funcao da novela brasileira na minha vida. Pois nao e' que procurando on-line os ultimos episodios que tinha perdido, vi que a ABC agora disponibiliza todos os episodios on-line. Uma perdicao! Ontem assisti a um e hoje vou ver outro. Sem comerciais -- a nao ser um (pasmem, o mesmo) de 25 segundos. No final voce^ se lembra mesmo do comercial mas tudo bem. Vale.

E para quem gosta de Lost e Grey's Anatomy, esta tudo la. Nao tem de assinar nada, pelo menos por enquanto.

P.S. 1: Fiquei pensando se nao seria esse o principio do fim da televisao. Atraves de sites como esse da ABC, assistimos o que queremos e quando queremos. Se me lembro bem, Bill Gates disse alguma coisa parecida ha' algum tempo atras.

P.S. 2: Brothers and Sisters tem Sally Field, Calista Flockhart (com aquelas caras e bocas esquisitas...) e Rachel Griffiths (do casamento de Muriel) alem de, e' claro, Rob Lowe.

Andar de preto.

Nao me lembro bem onde li que mae de crianca pequena que trabalha o dia todo deveria se vestir so' de preto porque, com a falta de tempo total, assim nunca se erra. Eu ainda adcionaria `a lista: mae~ de crianca pequena sem baba', empregada e sem parente, mae~, sogra por perto, e ainda com marido viajando. Esse e' meu mantra dos ultimos dias. O fato e' que eu ja' fazia isso ha' algum tempo mas nunca tinha pensado muito no porque^. Era simplesmente natural. Quando li isso, "me encontrei"! Esse e' o meu clube. De manha~ cedo, na hora de vestir, a gente pega a primeira calca decente que ve^ (preta!) junto com a primeira blusa (preta!) com o sapato (preto!) e poe um colar bem coloridinho que fica belezinha e ninguem percebe que voce^ se arrumou em dois minutos entre um chamado de mae~, me ajuda a escovar os dentes e mae~, faz uma tranca no meu cabelo. Ai' passa um rimel correndo, termina o cafe^ dentro do carro, limpa o cantinho da boca da crianca ja' na porta da escola, conversa com a professora sobre como as coisas estao com sua flor, e comeca o seu dia no batente.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Sem titulo I.

Que dia viu?

Como se nao bastasse aluna chata reclamando porque, segundo ela, fiz perguntas "mais dificeis" para alguns alunos que para outros durante a apresentacao do projeto final de curso, queimei minha boca com capuccino. Queimei feio. A ponta da lingua e parte do ceu da boca. Quando via aquelas notas de advertencia em cafes, sempre pensava, nossa, tem de ser muito aereo para queimar a boca com cafe quente. Pois e', chegou a minha vez. Cuidado, voce^ pode ser o proximo.

E alem disso meu marido viajou. Decidi que detesto quando ele viaja. Nao e' o trabalho em casa. Nao e' o trabalho com a flor. E' falta dele mesmo e pronto. Mas e' a vida e temos que cair na estrada de vez em quando. Ele volta em tres dias. A viagem maior sera' em Maio, para a Coreia do Sul. E eu nem posso reclamar porque tenho viajado tanto a trabalho... Semana que vem estarei no Chile para o congresso da IUSSP.

E na semana passada estive em Nova York para dar uma palestra na secretaria geral das Nacoes Unidas. Fui falar sobre minha pesquisa sobre educacao e saude reprodutiva e sexual em um evento paralelo organizado pela Comissao Permanente da Suica, o UNFPA e o Instituto Guttmacher como parte da 40a Comissao de Populacao das Nacoes Unidas. Olha, foi sensacional. Fora aquela coisa bacana de falar no predio da Secretaria Geral e para as delegacoes dos paises, ao lado daquela tal sala que todo mundo ve^ (a numero 1), e' muito bom pensar que meu trabalho de fato "serve para alguma coisa" em termos de politica publica e acao de programas. Mesmo que no fundo nao sirva nem tanto assim... As vezes sinto que academicos (ao menos na minha area) ficam muito em um mundo deles mesmos e esquecem a realidade. Esse e' um conflito que eu tenho. As vezes penso que seria mais feliz se fizesse algo mais voltado para o real que para a teoria. Ainda mais em um dia chato com reclamacao chata de uma aluna chata.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Raça e Racismo aqui e la'.

Está mais uma vez pegando fogo a discussão do que é ou não é um comentário racista nos Estados Unidos. Isso porque um apresentador da NBC, Don Imus, caracterizou as moças do time de basquete da Universidade de Rutgers, negras, como “nappy-headed hos”, o que seria algo como, cabelo pixaim. Veja no New York Times">. No programa de hoje cedo da Diane Rehm, na National Public Radio (NPR), houve uma mesa redonda sobre o caso e deu até um pseudo bate boca. O contra-ponto foi o seguinte. De um lado: Então nunca poderá ser feito comentário sobre nenhum grupo, especificamente, negros? Vamos chegar a um ponto em que nao haverá mais "material" para programas humorísticos? Não poderemos mais falar de nada nem de ninguém. Será uma censura total. Além disso, quando são feitos comentários desse tipo em relação a brancos, judeus, etc, etc, ninguém é mandado embora. Do outro lado: Este foi um comentário duplamente racista e preconceituoso: mulher e negros. E aí? Tem de cancelar o programa e tudo o mais. Temos sim que ficar alerta a esse tipo de comentário racista porque, afinal de contas, essas são minorias tradicionalmente discriminadas e, caso nao as "protejamos", desigualdades já existentes serão perpetuadas.

O tom era. E aí? Onde fica a linha entre poder "fazer graça", o racismo, o preconceito e o desrespeito? Seria censura? Acredito que temos sim de sanar as desigualdades e preconceitos existentes nas sociedades, e nao exacerbá-los. Isso vale principalmente para a mídia. Comentários como o feito pelo apresentador da NBC servem apenas para fazer o contrário: separar ainda mais as minorias e reforçar estereotipos. Entretanto, concordo que vale o cuidado para que a censura nao tome conta do que cada um diz. Mas vale ressaltar que a diferença crucial é a natureza racista do comentário. Racismo vem da idéia de se perpetuar desigualdades e condições inferiores advindas de uma estrutura social e econômica desfavorável. Falando em termos do meu trabalho, se tentamos estimar a renda usando características como nível de escolaridade, ocupação (ou seja, determinantes tradicionais da renda de um indíviduo) e raça, os resultados mostram um efeito significativo da raça ainda que levado em conta o efeito de escolaridade e ocupação. Existe uma desvantagem tanto em educação como em renda dos negros em relação aos brancos. Como interpretar? A análise quantitativa deixa evidente que essa desigualdade existe, mas nao dá margem para explicarmos as razões dessa desvantagem, mas podemos, sem sombra de dúvida, especular sobre o racismo no mercado de trabalho e em outros cantos da sociedade. É dessa desvantagem estrutural que estamos falando quando falamos de racismo. E por isso o comentário parece ser tao perigoso.

Fiquei pensando... e no Brasil, onde estamos em relação a essa questão. E se isso tivesse acontecido no Brasil? Qual seria o teor da discussão? Por um lado, Casseta e Planeta faz esse tipo de piada todo dia. Por outro, o recente episódio com a ministra Matilde Ribeiro (veja discussão excelente no blog Biscoito Fino e a Massa)
reacende a questão do que é o racismo. Ela disse que "não é racismo quando um negro se insurge contra um branco" e foi detonada por todos os lados. Entretanto, concordo com o Blog do Idelber que racismo advém de estrutura social de desvantagem e dessa desvantagem homem branco nunca experimentou. Entao é diferente sim e merece ser tratado de maneira diferente.

E você, o que pensa?

sábado, 7 de abril de 2007

365 Regular Days.



Essa sou eu e flor no Moma fim de semana passado. Aquarela pintada pelo marido-artista. Ele e' o maximo mesmo ne'? Vejam mais no: www.365regulardays.com. A ideia e' pintar 365 aquarelas baseadas em depoimentos deixados pela internet. Funciona assim: voce escolhe a data e manda seu texto. Ai' ele pinta uma aquarela baseada na descricao do seu dia e envia para voce^. Faz parte de um projeto de pesquisa que ele esta' desenvolvendo. Bacana demais, ne'? Confiram.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Mensagem de Pascoa.

"o inferno dos vivos não é algo que será; se existe é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço." ( Italo Calvino - As cidades Invisíveis)

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Nao estou preparada.

Trabalhando com o laptop e tomando um capuccino na coffee shop escuto a conversa das mesas ao lado. E' - deveria estar concentrada no trabalho mas...

A adolescente diz ao colega:
- Odeio minha mae! Ela pega no meu pe' e nao acredita em mim.

Na outra mesa, a universitaria conversa com os pais sobre o aluguel (ou compra, nao deu para perceber bem...) de um apartamento para ela:
- Mas aquele era o que tinha o menor banheiro...
- Meus amigos que moram e estudam em NY pagam mil dolares a mais que eu pagaria nesse apartamento que eu gostei...
- A cozinha daquele e' pessima, acho que vou ter de ficar com o mais caro mesmo. Como esta' meu credito, pai?

Ufa, tive que sair de perto. Nao estou preparada para nada disso. Prefiro acordar no meio da noite para levar a flor ao banheiro...

terça-feira, 3 de abril de 2007

Que parque e' esse?

Estou trabalhando pra burro. Muito, mas muito mesmo. Tenho tambem viajado muito a trabalho, o que me deixa ainda mas cansada e me sentindo uma mae muito mais ou menos e uma esposa pra la' de ausente. Mas flor e marido foram na ultima viagem, a NYC. E nada como um final de semana no inicio da primavera em NYC para ver que esssa vida ainda vale a pena e que formamos, juntos, uma familinha bem bacaninha. Vamos la.

Sexta a noite:
Moma de graca e jantar - um macarrao com frutos do mar maravilhoso!
Sabado de manha: Moma de novo porque havia um tour (de graca, novamente) para criancas de 4 anos. Quantos anos tem a flor? 4! Nao podiamos deixar de ir. Um tour de 4 criancas apenas e seus pais, com o Moma ainda fechado. Flor deitando, se espalhando de frente para as pinturas e desenhando-as, conversando sobre a luz que o artista tentava passar atraves da pintura. Claro, e' um tour de 1 hora apenas e nao da' para ver muita coisa. Mas... com crianca de 4 anos e' o que da' para ser feito com elas ainda aproveitando. Mais que isso fica chato demais pra eles. Foi sensancional.

Depois... patinacao do gelo porque ela ama e tem ido com a escola e tem amado. O dia estava lindo e foi uma delicia patinar com ela. Descobri que ela e' a maior free-rider. Eu ralando pra patinar e ela de maos dadas comigo, sem mexer, so' aproveitando a mamae puxando. Afinal, ela so' tem 4 anos e o lugar estava cheio de adulto fazendo manobras amadoras. Nada mais sensato!

Almoco no Little Brazil porque a melhor comida brasileira e' a la' de casa mas feijoada eu nao sei fazer. Matamos a saudade.

Soneca no hotel. Sabado a noite: jantar no Village com Raul. Fomos ao restaurante onde a mae dele esta' expondo umas pinturas lindas, com imagens fortes e inspiradoras. Jantamos por la' uma pizza basica... mas com catupiry... Acho que se morasse em NY nem precisava ir ao Brasil matar a saudade de coisas e comidas... so' de pessoas.

Domingo: Museu de Historia Natural, onde vimos os dinossauros, estrelas, asteroides, etc, etc.

Depois, Central Park que a flor detestou porque nao conseguimos achar o playground com balanco e escorregador. Ela: "Mas que parque e' esse que nao tem escorregador? Isso nao e' um parque" E a gente: "Tem sim, filha, a gente so' nao sabe onde esta' porque o parque e' mmmuuiitttooo grande." E nao temos tempo para procurar porque o voo sai as 6pm e ainda temos de almocar... Almoco e de volta pra casa.

Em Junho tem mais NYC e ai' vamos preparados para encontrar os escorregadores e balancos do Central Park. Afinal, que parque e' esse???

quinta-feira, 29 de março de 2007

Ninguem e' perfeito.



Achei no In other Worlds e tive que "copy-postar".
Um Photoshop ajuda... e muito. Nem a nossa amiga Madonna e' perfeita.

terça-feira, 27 de março de 2007

Princesas...


Outro dia, vi no Mothern, livros que falam sobre homossexualidade para criancas de uma maneira natural, contando sobre reis homossexuais, maes lesbicas, etc... Como nossa flor tem amiguinhos que tem duas maes, so' uma mae e la' vai arranjo familiar, o tema "varios tipos de familia" ja' foi tambem abordado la' em casa.

Outro tipo de mensagem que acho interessante passar para os pequenos, principalmente para meninas, e' a dos papeis de genero flexiveis. Ao menos deveriam ser! Mas isso e' assunto longo, para outros carnavais. Quem tem filha pequena sabe do encantamento delas com as tais princesas... em sua maioria, uns seres que nao fazem quase nada a nao ser esperar pela salvacao do seu principe encantado. Nada contra o encantamento, mas a gente sabe que a vida nao e' bem assim... para ninguem! Os livros abaixo contam estorias de princesas que sao "gente que faz"... e ainda assim sao princesas. Porque nao?! Afinal, o que define uma princesa? Tem sido um sucesso la' em casa.


segunda-feira, 26 de março de 2007

Alegria de mae e de pai.

- Mamae, voce^ e' a minha mae favorita!
- Ainda bem, minha flor, antes isso...

(!)


Relato do pai:
- Pai, nao consigo dormir...
- Filha, ta' na hora, vamos, pode fechar o olho...
- Mas minha escova de dentes esta' me acordando, nao me deixa dormir...

Falar o que?

(?)

Assista: The Lives of Others.

veja (in)dispensavel


vejam so essa propaganda da veja que diz tudo!!! ainda chamam o leitor de desinformado... ainda bem que assumem que, se leem Veja, devem ser mesmo...


sábado, 24 de março de 2007

Bacana! Achei no Blog da Claudia!

No woman no cry.

Desembaracar o cabelo da flor nao e' la' uma das tarefas mais agradaveis daqui de casa. Ja' tentei, sem muito sucesso, os recursos cabelo mais curto e sprays de desembaracar. Como tenho mas experiencia para assuntos de "beleza capilar" que o marido-pai, acabo vivendo um quase drama todas as manhas. Isso quando nao desisto e dou aquela ajeitada superficial para nao ter de desembaracar de verdade e me sentir uma torturadora de criancas. Nao eh que quando voltei de uma viagem de 2 dias, o marido-pai confirma ter sido esse um momento bastante desagradavel... ate' que comecou a cantar "No woman no cry..." e flor nao parava de rir! Ele conseguiu desembaracar tudo ao mesmo tempo em que ela gargalhava e cantava com ele. Nada como uns dias fora de casa para mudar a logica da vida em familia!!!

quinta-feira, 22 de março de 2007

Tudo ao mesmo tempo agora.

O que restou de mim? O que sobrou? O que e' meu e o que e' nosso? Meu? Seu? Da nossa familinha? O bacana e' poder ser eu e ser a gente. Ser mae e ser mulher. Ser profissional e ser mae. Ser mulher e ser dona de casa. Ser profissional e ser dona de casa. Ser eu. Tudo imperfeito. Tudo pela metade, ou as vezes menos da metade. E as vezes nao. As vezes funciona. As vezes nao. Tudo ao mesmo tempo agora. As vezes dois dias longe de casa, trabalhando, bastam para que eu queira voltar correndo. Que bom.

sábado, 17 de março de 2007

Eu tinha "esquecido" dessa musica. "Esquecido" porque ela nao esta' em nenhum dos CDs do Gil que nos temos aqui em casa. Mas ontem, ele cantou essa musica no show e me lembrei do quanto e' bonita.


Super Homem: A cancao
Gilberto Gil

Um dia
Vivi a ilusão de que ser homem bastaria
Que o mundo masculino tudo me daria
Do que eu quisesse ter
Que nada
Minha porção mulher que até então se resguardara
É a porção melhor que trago em mim agora
É que me faz viver
Quem dera pudesse todo homem compreender
Oh! mãe quem dera
Ser o verão o apogeu da primavera
E só por ela ser
Quem sabe
O super­homem venha nos restituir a glória
Mudando como um Deus o curso da história
Por causa da mulher
(instrumental)
Quem sabe
O super­homem venha nos restituir a glória
Mudando como um Deus o curso da história
Por causa da mulher

terça-feira, 13 de março de 2007

Mais sobre o envio de pacotes pelo mundo.

- Preciso enviar um pacote com documentos para a Africa do Sul. Qual seria a melhor forma?
- Sim, posso ajuda-la, senhora, para qual pais da Africa?
- Africa do Sul.
- Sim, senhora, entendi, mas para qual pais da Africa?
- ???

Sindrome de Estocolmo.


segunda-feira, 12 de março de 2007

Whatever works for you.

Artigo do NYT dessa semana. Digo semana e nao dia porque leio o NYT de domingo, em versao impressa, ddduuurraaaannnttee a semana, em pequenas prestacoes, quando dá. O fato é que casais estao optando por dormir em quartos separados nao por falta de paixao, sexo, amor, companheirismo ou o que mais une os casais, mas simplesmente por terem hábitos suficientemente diferentes que incomodam um ao outro no quesito dormir. Ou acordar. Eu hein? Adoro dormir grudada. Adoro acordar junto. Mas, como sempre digo, whatever works for you...

DHL, UPS, Fedex, Sedex....

Que luta! O quao difícil é enviar um pacote dos Estados Unidos para o Brasil sem enlouquecer um ser humando normal? Extremamente difícil. O pacote, contendo apenas documentos, tem que chegar ao Brasil na quinta-feira, sexta, no máximo. Depois de consultar especialistas no assunto pacotes internacionais decidi que DHL seria a melhor alternativa. Eles tem várias filiais no Brasil, o que nao acontece com UPS, Fedex, que terceirizam seus servicos apartir de Sao Paulo para transportadoras de segunda. Cuidadosamente telefono para DHL no domingo para marcar um horário para que eles busquem o tal pacote. Eles fazem esse servico e achei mais confiável assim. A pessoa do servico de atendimento faz com que eu me sinta uma analfabeta em envios de pacotes internacionais, no que ela até tem razao. Senhora, seu pacote pesa quanto? Nao faco a menor idéia, nem consigo raciocinar em libras. Senhora, e as dimensoes do pacote? Mais uma vez, nao consigo raciocinar nesse sistema descabido de libras e polegadas. Senhora, qual o número de sua conta? Que conta? Mas voce nao tem conta conosco? Nao vá me dizer que nao tem e teremos que comecar a preencher outro formulário, o dos que nao sabem nada sobre envio de pacotes? Senhora, a que horas deseja que o caminhao passe em sua casa? Qualquer hora depois das 6pm, quando de fato estou em casa. Mas senhora, nao sabe que o horário para a entrega de pacotes é até as 4? Depois de passada essa fase terrível de descobertas do mundo DHL (benvinda!), pensei, essa entrega terá de ficar para terca. Mas, incansável, pensei que deveria haver uma forma de entregar esse raio desse pacote depois das 6pm na própria segunda-feira. Entro no site DHL e descubro que sim, existem mil locais de entrega de pacotes DHL em Ann Arbor cujo motorista passa `as 6:30pm e 7pm. Nao há necessidade entao do caminhao passar na minha casa. Vou até eles. Estou salva. Porque é que a fulana do servico ao consumidor nao me disse isso? Que até as 4 da tarde o que? Muito satisfeita com minha descoberta, traco o plano de entrega do pacote para 6:15pm no posto de entrega da rua tal. Pego a caixa e formulário DHL feliz da vida. Tracado o plano, chego com marido, filha e pacote a tiracolo precisamente as 6:15pm da tarde. Opa, mas e como pagar esse négocio se vou deixar esse pacote aqui e nao tenho a tal conta com a DHL? Ligo pela décima vez para DHL e, ao perguntar sobre forma de pagamento, descubro que existe um formulário especial para entregas internacionais? Mas como? A senhora nao sabia? Nao, nao sabia, mas a essas alturas sabia que o caminhao só pega entregas até as 4pm, que é encessário saber o peso e as dimensoes do pacote, que o melhor é ter uma conta com a DHL, mas nao, nao sabia que existe um formulário especial para entregas internacionais. Nao sou especialista em DHL. Mas, infelizmente estou me tornando. Onde encontro o formulário para entregas internacionais DHL? É simples, senhora. No próprio posto onde a senhora vai deixar o pacote. Entao tudo bem, já estou aqui. Formulário para entregas x, y, z mas nenhum específico para entrega internacional. Ligo para DHL mais uma vez. Onde estao esses tais formulários? Normalmente, nos postos. Nao, esse nao deve ser um posto normal entao. O marido santo segue em busca do formulário fantasma em outro posto. Nervos a flor da pele. E se o motorista chega nesse meio tempo? Ah, o motorista pode ter o formulário internacional fantasma. O motorista tem o formulário internacional fantasma? Normalmente sim, senhora. Mas normalmente os postos também tem. E se nao tiver? Aí, senhora, desculpe pela inconveniencia, mas o pacote só irá amanha. Mas amanha seria tarde demais! Desculpe, senhora. Nada pode ser feito. Vou verificar. Eu, ligada com o servico ineficiente ao consumidor e o marido santo e a filha feliz e bem humorada curtindo tudo do banco detrás correndo em todos os postos DHL da cidade a procura do formulário internacional fantasma. Parentesis, amo minha flor e meu marido e nessas horas de aperto vejo o quanto eles sao sensacionais. Voltando ao assunto, no meio disso tudo a mulher do desservico ao consumidor diz que existe a possibilidade mínima de que seja solicitado que o motorista pegue o pacote na minha casa. Mas se ele nao tem o formulário nao adianta nada. Senhora, vou verificar se o motorista pode buscar o pacote em sua casa. Quanto pesa o pacote? Continuo sem fazer a menor idéia. O motorista do UPS passa para pegar seus pacotes. Senhor, quanto pesa esse pacote? Porque mesmo estou usando DHL e nao UPS? Duas libras, respondo para a atendente da companhia do deservico aos que necessitam de pacotes entregues com urgencia. Marido e filha chegam sem sucesso na busca pelo formulario internacional fantasma. Mas nos vimos o caminhao DHL na outra rua, deve estar chegando aqui. O caminhao passa direto pelo posto onde estavamos, mas pára no semaforo. Sigo correndo atrás do caminhao. A motorista deve ter pensando que essa é uma louca varrida, mas abre o vidro e diz que vai retornar e isso é o que me importa. Esperancosa, penso, será que ela tem o formulário internacional fantasma? A motorista desce do carro e traz o formulário. Ué, mas é o mesmo que eu tenho aqui em maos, o que já tinha preenchido, o que a atendente do desservico ao consumidor me disse que nao serve para entregas internacionais. O formulário é esse mesmo senhora, nao está vendo que nao diz que é apenas para entregas nacionais? E eu estive com ele todo o tempo???

sexta-feira, 9 de março de 2007

Duvidas crueis...


Texto do Mothern que reflete exatamente o que sinto praticamente todos os dias, toda hora, a cada minuto, a cada decisao, mesmo sem decisao importante a ser tomada. "Should I stay or should I go" talvez seja a maior das minhas questoes na vida. O segredo deve ser saber/lembrar que onde estivermos sempre havera' duvidas crueis. Ser mae nao e' mole nao! Mae, mulher, profissional, ufa!!! E olha que meu marido e' sensacional na divisao das coisas da vida, da casa, da flor...



Escolhas, palpites e ansiedades


A vida da mãe moderna é cheia de dúvidas e tensões:

- Escola antroposófica ou construtivista?
- A festa da melhor amiga ou uma noite de descanso?
- Meditar ou descabelar?
- Sexo selvagem ou papai-e-mamãe?
- Ir pra casa ou trabalhar até mais tarde?
- Meninas superpoderosas ou power rangers?
- Mulher maravilha ou profissão perigo?
- O palpite da babá ou o da médica?
- O palpite da sogra ou o da amiga da tia do seu porteiro?
- Alopatia ou homeopatia?
- Should I stay or should I go?

(Mothern -- site http://mothern.blogspot.com/)

domingo, 4 de março de 2007

O retorno do leite de verdade, a revanche.

Estou lendo o livro “Real Food: What to Eat and Why” de Nina Planck, por indicação da Pat do Crianças na Cozinha. Há algum tempo tenho me interessado em alimentação, principalmente formas saudáveis de alimentar crianças. Aliás, recomendo a comunidade Crianças na Cozinha no Orkut a todos interessados no tema.

E não é que, lendo o tal livro, onde sao explicadas as diferencas na composicao dos tipos de leite, fiquei curiosa sobre as diferenças no sabor dos vários tipos de leite de vaca que podemos comprar: integral ou sem gordura, orgânico ou não e, aprendendo com o livro, leite pasteurizado e homegeneizado ou não, o leite cru. Nem me lembrava, ou nunca soube, que poderia existir um leite cru... Ainda não consegui leite cru de procedência segura mas chego lá.

Por enquanto o teste foi entre leite orgânico ou comum e integral ou sem gordura. A diferença é de fato enorme. O orgânico e integral, fresco, com validade de uma semana apenas é de fato mmuuiiitttoo melhor. E não é que ontem, usando este leite para fazer iogurte, eu me vi diante de algo que não via há anos: a nata formada quando o leite ferve. Leite sem gordura nao tem nata! Mas parece que alguns especialistas acreditam que o leite integral e orgânico é mesmo muito mais saudável, e de preferência o cru. Há controvérsias, claro, sempre. Mas de qualquer forma parece ser, ao menos para alguns, a revanche do leite de verdade, da gordura, da nata!

sábado, 3 de março de 2007

Disney.

Procurávamos uma viagem rápida durante o Spring Break, feriado de uma semana em que não damos aula. Pensamos em 5 dias, em um lugar quente, sem gastar muito, e queríamos uma piscina ou praia. A opção Orlando tornou-se imbatível: barato, a um vôo sem escala de 2 horas de distância de casa e quente. Eu pensei, se ficamos 5 dias, podemos visitar a Disney um dia. O marido anti-Disney não queria ir de jeito nenhum, mas acabou cedendo. Afinal, temos uma flor de 4 anos e achei que valeria a pena que ela brincasse no parque, embora não consiga entender a graça daquilo para maiores de 18 anos que podem pegar a mesma grana e visitar Nova Yorque ou São Francisco, por exemplo. O resultado?

Valeu. Mas não pelas razoes óbvias e sim pelo brincar, simplesmente pelo brincar.

Não jantamos com a Cinderela em sua Royal Table. Sim, você pode pagar mais uma fortuna além do ingresso e levar seu filho para jantar com a Cinderela, Mickey, Pateta, praticamente quem você quiser.

Não ficamos nos hotéis da Disney, nao completando assim nosso Magical Day. Sim, tem hotel para todos os gostos no complexo Disney: se gosta de praia, tem um com praia e areia fake imitando Polinésia. Se você se acha mais contemporâneo, pode ficar no hotel onde passa o monorail que dá acesso aos parques. A idéia vendida é que você pode ser e fazer o que quiser sem precisar sair do complexo Disney.

Não compramos a Disney e trouxemos para casa. Sim, você sai de brinquedos como o do ursinho Puff e é obrigado a passar pela loja com o mundo do ursinho... Isso para não falar do mundo do rato mais famoso do planeta! Dá para viver só com acessórios Mickey, do tapete a escova de dentes. São essas estratégias maldosas e perversas para os pequenos que discordamos. Não que pensei que seria diferente, mas o apelo ao consumo – de idéias, de sonhos, de coisas – é muito maior do que eu imaginava, ou me lembrava, porque visitei o parque aos 15 anos. Mudei muito ou mudou o parque? Sim, o complexo parece ter crescido muito, mas acredito na primeira opção.

Valeu pelos brinquedos mais simples e pelos shows. O carrossel, uma espécie de trem-fantasma, os brinquedos de rodar, os filmes 3D e os shows com os personagens...

Mas na verdade não existe nada educativo na Disney. Está tudo pronto, não há espaço para a criatividade, apesar de se pregar a importância da imaginação todo o tempo. Se sua filha quer ser uma princesa, ela vai jantar com a Cinderela, passa pela loja e compra tudo de Cinderela e ainda tem a chance de visitar o salão para crianças onde o cabelo, maquiagem (sim, maquiagem!!!) e unha podem ser arrumados... Aliás, a megalomania da versão princesa da Disney é absolutamente horrorosa. Não, não sou contra crianças se vestirem de princesa, bailarina ou super-herói. Mas porque não criar a versão deles? Porque não usar a criatividade de fato e deixar com que eles inventem suas fantasias de princesas e bailarinas e super-heróis? Pega uma sapatilha de uma cor daqui, um collant de outra cor dali, arranja uma coisa para por no cabelo e vá dançar! Na Disney você é induzido a comprar o kit completo: vê a princesa, pede autógrafo (filas enormes!) compra a roupa, janta com ela, vai ao salão e quando vê, levou o pacote completo.

De certa maneira, o que a Disney oferece alem do fascínio das princesas e dos personagens de desenho animado é a facilidade do pacote completo, do conhecido, da satisfação garantida e imediata. Ir a Franca e se arriscar a falar um francês enferrujado ou ate não existente dá muito trabalho. Ir ao EPCOT e ver o pavilhão dos países -10 países de uma vez! – parece ser muito mais fácil. Afinal, para que conhecer a Torre Eifel de verdade se pode-se estar na Franca de manhã, almoçar nos Estados Unidos, passear pelo México à tarde, passando pelo Japão e jantando no Canadá? Também é fácil não ter que pensar onde comer ou o que fazer no dia seguinte. Consome-se tudo: das emoções sem risco da montanha russa à parafernália com as orelhinhas do Mickey. Tudo fácil, disponível, descartável. Mas onde fica o real? Onde estão as experiências de verdade? Onde está o mundo?

Vista como um parque de diversões a Disney vale uma visita, mas o pacote completo não dá espaço para mais nada. No fim das contas, quando perguntamos à flor o que mais gostou da viagem, ela foi implacável: de brincar e da piscina. Da próxima vez, vamos para a praia na Flórida brincar em carrossel de parque de diversão “normal” e ficar sem fazer nada! De verdade!

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Simplicidade.

Sou a mulher mais feliz do mundo. Dormi 9 horas sem interrupção essa noite. Ah, e além de estar feliz voltei a ser um ser humano capaz de interagir com o outro de maneira civilizada. Como já tinha escrito antes, a vida é muito simples.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

O sapo e a bota.

Eu e flor saímos juntas para comprar um presente surpresa para o marido-pai. Escolhemos uma bota. Durante o jantar, a flor começa a falar sobre a surpresa. Pai, tem sapo no seu presente. Eu pensei, sapo? De onde ela tirou isso? Ela continua a falar do tal sapo e eu sem fazer a menor idéia do que ela estava falando. Mas já pensando que iria estragar a surpresa digo, filha, não conte para o seu pai sobre o presente porque é surpresa. Muito confiante ela diz, não mamãe, não vou contar que o presente é uma bota não porque eu sei que é surpresa, só estou falando do sapo desenhado na caixa!

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Patinação no Gelo.

A flor foi patinar no gelo hoje com a turminha da escola, que leva as crianças uma vez por semana durante parte dos meses de Fevereiro e Março. A professora assegurou que faz essa excursão com crianças de 4 anos há mais de cinco anos. Eu estava preocupadíssima. O pai, confiante. A flor, animadíssima. Eu queria ir também, queria que o pai fosse, queria entrar no gelo no meio da meninada para ajudar, mas no fundo, queria que não acontecesse. A primeira vez teria sido semana passada, mas a excursão não aconteceu por causa de uma tempestade de neve. Que sorte, pensei aliviada, mas já pensando que da semana seguinte não passaria... Pois aconteceu hoje. Eu me segurei, confiando que daria tudo certo. E não é que recebo uma mensagem da professora dizendo que a flor adorou patinar no gelo, que não precisou de ajuda e que patinou naturalmente.... Lágrimas nos olhos por ela. Uma alegria enorme por ter superado meus medos, deixando-a ter suas próprias experiências. Diferentes das minhas. As dela. Não as minhas. E isso é só o começo.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

O Oscar vem aí.

E o Oscar está chegando. Não que eu ligue muito para o que Hollywood premie ou não, mas gosto muito de cinema e acaba sendo um momento propicio para conversar sobre cinema. Tenho ido bastante ao cinema e assisti a vários dos filmes indicados. Vamos lá.

Volver. Almodovar no seu melhor estilo. Falando da mulher, da mãe, e, principalmente da relação mãe e filha. Que filme sensacional, bem Almodovar. Penelope Cruz estaá divina. Merece receber a estatueta, se e' que ela represente de fato qualidade de cinema.

El Laberinto del Fauno foi indicado a seis estatuetas, incluindo melhor filme estrangeiro. Um filme que mostra a delicadeza e ao mesmo tempo a crueldade ao redor de uma menina. Confesso que fechei os olhos em alguns momentos, dada tamanha barbaridade. Barbaridades reais, e essas são mais doloridas de se ver. Mas a arma usada pela menina e' enorme, é a arte, a fantasia. Ela tenta sobreviver usando a fantasia. Se fosse descrevê-lo em poucas palavras, seriam: Delicadeza em meio a crueldade.

Babel. Não assisti ainda, mas imagino que deva ser muito bom. A sinopse parece boa e adoro Cate Blanchett. Ganhou o Globo de Ouro. Vamos ver. Pedi pelo Netflix hoje, dia de lançamento em vídeo, tamanha a vontade de assistir. A questão com Babel é que é longo e às vezes é difícil ter baby-sitter por um período que dê tempo de dinner and a movie! Babel então ficou para o vídeo, que saiu hoje. More later.

Acima de zero

Estamos todos muito felizes hoje, vamos sair mais cedo do trabalho, buscar a flor mais cedo na escola, enfim, vamos comemorar. Isso porque, depois de um longo e tenebroso inverno com muitos dias frios de verdade, a temperatura finalmente está acima de 0. Como é a vida. Uma alegria imensa por algo às vezes tão óbvio em outros lugares e em outros momentos. Tão simples. Tão bom.