quinta-feira, 29 de março de 2007

Ninguem e' perfeito.



Achei no In other Worlds e tive que "copy-postar".
Um Photoshop ajuda... e muito. Nem a nossa amiga Madonna e' perfeita.

terça-feira, 27 de março de 2007

Princesas...


Outro dia, vi no Mothern, livros que falam sobre homossexualidade para criancas de uma maneira natural, contando sobre reis homossexuais, maes lesbicas, etc... Como nossa flor tem amiguinhos que tem duas maes, so' uma mae e la' vai arranjo familiar, o tema "varios tipos de familia" ja' foi tambem abordado la' em casa.

Outro tipo de mensagem que acho interessante passar para os pequenos, principalmente para meninas, e' a dos papeis de genero flexiveis. Ao menos deveriam ser! Mas isso e' assunto longo, para outros carnavais. Quem tem filha pequena sabe do encantamento delas com as tais princesas... em sua maioria, uns seres que nao fazem quase nada a nao ser esperar pela salvacao do seu principe encantado. Nada contra o encantamento, mas a gente sabe que a vida nao e' bem assim... para ninguem! Os livros abaixo contam estorias de princesas que sao "gente que faz"... e ainda assim sao princesas. Porque nao?! Afinal, o que define uma princesa? Tem sido um sucesso la' em casa.


segunda-feira, 26 de março de 2007

Alegria de mae e de pai.

- Mamae, voce^ e' a minha mae favorita!
- Ainda bem, minha flor, antes isso...

(!)


Relato do pai:
- Pai, nao consigo dormir...
- Filha, ta' na hora, vamos, pode fechar o olho...
- Mas minha escova de dentes esta' me acordando, nao me deixa dormir...

Falar o que?

(?)

Assista: The Lives of Others.

veja (in)dispensavel


vejam so essa propaganda da veja que diz tudo!!! ainda chamam o leitor de desinformado... ainda bem que assumem que, se leem Veja, devem ser mesmo...


sábado, 24 de março de 2007

Bacana! Achei no Blog da Claudia!

No woman no cry.

Desembaracar o cabelo da flor nao e' la' uma das tarefas mais agradaveis daqui de casa. Ja' tentei, sem muito sucesso, os recursos cabelo mais curto e sprays de desembaracar. Como tenho mas experiencia para assuntos de "beleza capilar" que o marido-pai, acabo vivendo um quase drama todas as manhas. Isso quando nao desisto e dou aquela ajeitada superficial para nao ter de desembaracar de verdade e me sentir uma torturadora de criancas. Nao eh que quando voltei de uma viagem de 2 dias, o marido-pai confirma ter sido esse um momento bastante desagradavel... ate' que comecou a cantar "No woman no cry..." e flor nao parava de rir! Ele conseguiu desembaracar tudo ao mesmo tempo em que ela gargalhava e cantava com ele. Nada como uns dias fora de casa para mudar a logica da vida em familia!!!

quinta-feira, 22 de março de 2007

Tudo ao mesmo tempo agora.

O que restou de mim? O que sobrou? O que e' meu e o que e' nosso? Meu? Seu? Da nossa familinha? O bacana e' poder ser eu e ser a gente. Ser mae e ser mulher. Ser profissional e ser mae. Ser mulher e ser dona de casa. Ser profissional e ser dona de casa. Ser eu. Tudo imperfeito. Tudo pela metade, ou as vezes menos da metade. E as vezes nao. As vezes funciona. As vezes nao. Tudo ao mesmo tempo agora. As vezes dois dias longe de casa, trabalhando, bastam para que eu queira voltar correndo. Que bom.

sábado, 17 de março de 2007

Eu tinha "esquecido" dessa musica. "Esquecido" porque ela nao esta' em nenhum dos CDs do Gil que nos temos aqui em casa. Mas ontem, ele cantou essa musica no show e me lembrei do quanto e' bonita.


Super Homem: A cancao
Gilberto Gil

Um dia
Vivi a ilusão de que ser homem bastaria
Que o mundo masculino tudo me daria
Do que eu quisesse ter
Que nada
Minha porção mulher que até então se resguardara
É a porção melhor que trago em mim agora
É que me faz viver
Quem dera pudesse todo homem compreender
Oh! mãe quem dera
Ser o verão o apogeu da primavera
E só por ela ser
Quem sabe
O super­homem venha nos restituir a glória
Mudando como um Deus o curso da história
Por causa da mulher
(instrumental)
Quem sabe
O super­homem venha nos restituir a glória
Mudando como um Deus o curso da história
Por causa da mulher

terça-feira, 13 de março de 2007

Mais sobre o envio de pacotes pelo mundo.

- Preciso enviar um pacote com documentos para a Africa do Sul. Qual seria a melhor forma?
- Sim, posso ajuda-la, senhora, para qual pais da Africa?
- Africa do Sul.
- Sim, senhora, entendi, mas para qual pais da Africa?
- ???

Sindrome de Estocolmo.


segunda-feira, 12 de março de 2007

Whatever works for you.

Artigo do NYT dessa semana. Digo semana e nao dia porque leio o NYT de domingo, em versao impressa, ddduuurraaaannnttee a semana, em pequenas prestacoes, quando dá. O fato é que casais estao optando por dormir em quartos separados nao por falta de paixao, sexo, amor, companheirismo ou o que mais une os casais, mas simplesmente por terem hábitos suficientemente diferentes que incomodam um ao outro no quesito dormir. Ou acordar. Eu hein? Adoro dormir grudada. Adoro acordar junto. Mas, como sempre digo, whatever works for you...

DHL, UPS, Fedex, Sedex....

Que luta! O quao difícil é enviar um pacote dos Estados Unidos para o Brasil sem enlouquecer um ser humando normal? Extremamente difícil. O pacote, contendo apenas documentos, tem que chegar ao Brasil na quinta-feira, sexta, no máximo. Depois de consultar especialistas no assunto pacotes internacionais decidi que DHL seria a melhor alternativa. Eles tem várias filiais no Brasil, o que nao acontece com UPS, Fedex, que terceirizam seus servicos apartir de Sao Paulo para transportadoras de segunda. Cuidadosamente telefono para DHL no domingo para marcar um horário para que eles busquem o tal pacote. Eles fazem esse servico e achei mais confiável assim. A pessoa do servico de atendimento faz com que eu me sinta uma analfabeta em envios de pacotes internacionais, no que ela até tem razao. Senhora, seu pacote pesa quanto? Nao faco a menor idéia, nem consigo raciocinar em libras. Senhora, e as dimensoes do pacote? Mais uma vez, nao consigo raciocinar nesse sistema descabido de libras e polegadas. Senhora, qual o número de sua conta? Que conta? Mas voce nao tem conta conosco? Nao vá me dizer que nao tem e teremos que comecar a preencher outro formulário, o dos que nao sabem nada sobre envio de pacotes? Senhora, a que horas deseja que o caminhao passe em sua casa? Qualquer hora depois das 6pm, quando de fato estou em casa. Mas senhora, nao sabe que o horário para a entrega de pacotes é até as 4? Depois de passada essa fase terrível de descobertas do mundo DHL (benvinda!), pensei, essa entrega terá de ficar para terca. Mas, incansável, pensei que deveria haver uma forma de entregar esse raio desse pacote depois das 6pm na própria segunda-feira. Entro no site DHL e descubro que sim, existem mil locais de entrega de pacotes DHL em Ann Arbor cujo motorista passa `as 6:30pm e 7pm. Nao há necessidade entao do caminhao passar na minha casa. Vou até eles. Estou salva. Porque é que a fulana do servico ao consumidor nao me disse isso? Que até as 4 da tarde o que? Muito satisfeita com minha descoberta, traco o plano de entrega do pacote para 6:15pm no posto de entrega da rua tal. Pego a caixa e formulário DHL feliz da vida. Tracado o plano, chego com marido, filha e pacote a tiracolo precisamente as 6:15pm da tarde. Opa, mas e como pagar esse négocio se vou deixar esse pacote aqui e nao tenho a tal conta com a DHL? Ligo pela décima vez para DHL e, ao perguntar sobre forma de pagamento, descubro que existe um formulário especial para entregas internacionais? Mas como? A senhora nao sabia? Nao, nao sabia, mas a essas alturas sabia que o caminhao só pega entregas até as 4pm, que é encessário saber o peso e as dimensoes do pacote, que o melhor é ter uma conta com a DHL, mas nao, nao sabia que existe um formulário especial para entregas internacionais. Nao sou especialista em DHL. Mas, infelizmente estou me tornando. Onde encontro o formulário para entregas internacionais DHL? É simples, senhora. No próprio posto onde a senhora vai deixar o pacote. Entao tudo bem, já estou aqui. Formulário para entregas x, y, z mas nenhum específico para entrega internacional. Ligo para DHL mais uma vez. Onde estao esses tais formulários? Normalmente, nos postos. Nao, esse nao deve ser um posto normal entao. O marido santo segue em busca do formulário fantasma em outro posto. Nervos a flor da pele. E se o motorista chega nesse meio tempo? Ah, o motorista pode ter o formulário internacional fantasma. O motorista tem o formulário internacional fantasma? Normalmente sim, senhora. Mas normalmente os postos também tem. E se nao tiver? Aí, senhora, desculpe pela inconveniencia, mas o pacote só irá amanha. Mas amanha seria tarde demais! Desculpe, senhora. Nada pode ser feito. Vou verificar. Eu, ligada com o servico ineficiente ao consumidor e o marido santo e a filha feliz e bem humorada curtindo tudo do banco detrás correndo em todos os postos DHL da cidade a procura do formulário internacional fantasma. Parentesis, amo minha flor e meu marido e nessas horas de aperto vejo o quanto eles sao sensacionais. Voltando ao assunto, no meio disso tudo a mulher do desservico ao consumidor diz que existe a possibilidade mínima de que seja solicitado que o motorista pegue o pacote na minha casa. Mas se ele nao tem o formulário nao adianta nada. Senhora, vou verificar se o motorista pode buscar o pacote em sua casa. Quanto pesa o pacote? Continuo sem fazer a menor idéia. O motorista do UPS passa para pegar seus pacotes. Senhor, quanto pesa esse pacote? Porque mesmo estou usando DHL e nao UPS? Duas libras, respondo para a atendente da companhia do deservico aos que necessitam de pacotes entregues com urgencia. Marido e filha chegam sem sucesso na busca pelo formulario internacional fantasma. Mas nos vimos o caminhao DHL na outra rua, deve estar chegando aqui. O caminhao passa direto pelo posto onde estavamos, mas pára no semaforo. Sigo correndo atrás do caminhao. A motorista deve ter pensando que essa é uma louca varrida, mas abre o vidro e diz que vai retornar e isso é o que me importa. Esperancosa, penso, será que ela tem o formulário internacional fantasma? A motorista desce do carro e traz o formulário. Ué, mas é o mesmo que eu tenho aqui em maos, o que já tinha preenchido, o que a atendente do desservico ao consumidor me disse que nao serve para entregas internacionais. O formulário é esse mesmo senhora, nao está vendo que nao diz que é apenas para entregas nacionais? E eu estive com ele todo o tempo???

sexta-feira, 9 de março de 2007

Duvidas crueis...


Texto do Mothern que reflete exatamente o que sinto praticamente todos os dias, toda hora, a cada minuto, a cada decisao, mesmo sem decisao importante a ser tomada. "Should I stay or should I go" talvez seja a maior das minhas questoes na vida. O segredo deve ser saber/lembrar que onde estivermos sempre havera' duvidas crueis. Ser mae nao e' mole nao! Mae, mulher, profissional, ufa!!! E olha que meu marido e' sensacional na divisao das coisas da vida, da casa, da flor...



Escolhas, palpites e ansiedades


A vida da mãe moderna é cheia de dúvidas e tensões:

- Escola antroposófica ou construtivista?
- A festa da melhor amiga ou uma noite de descanso?
- Meditar ou descabelar?
- Sexo selvagem ou papai-e-mamãe?
- Ir pra casa ou trabalhar até mais tarde?
- Meninas superpoderosas ou power rangers?
- Mulher maravilha ou profissão perigo?
- O palpite da babá ou o da médica?
- O palpite da sogra ou o da amiga da tia do seu porteiro?
- Alopatia ou homeopatia?
- Should I stay or should I go?

(Mothern -- site http://mothern.blogspot.com/)

domingo, 4 de março de 2007

O retorno do leite de verdade, a revanche.

Estou lendo o livro “Real Food: What to Eat and Why” de Nina Planck, por indicação da Pat do Crianças na Cozinha. Há algum tempo tenho me interessado em alimentação, principalmente formas saudáveis de alimentar crianças. Aliás, recomendo a comunidade Crianças na Cozinha no Orkut a todos interessados no tema.

E não é que, lendo o tal livro, onde sao explicadas as diferencas na composicao dos tipos de leite, fiquei curiosa sobre as diferenças no sabor dos vários tipos de leite de vaca que podemos comprar: integral ou sem gordura, orgânico ou não e, aprendendo com o livro, leite pasteurizado e homegeneizado ou não, o leite cru. Nem me lembrava, ou nunca soube, que poderia existir um leite cru... Ainda não consegui leite cru de procedência segura mas chego lá.

Por enquanto o teste foi entre leite orgânico ou comum e integral ou sem gordura. A diferença é de fato enorme. O orgânico e integral, fresco, com validade de uma semana apenas é de fato mmuuiiitttoo melhor. E não é que ontem, usando este leite para fazer iogurte, eu me vi diante de algo que não via há anos: a nata formada quando o leite ferve. Leite sem gordura nao tem nata! Mas parece que alguns especialistas acreditam que o leite integral e orgânico é mesmo muito mais saudável, e de preferência o cru. Há controvérsias, claro, sempre. Mas de qualquer forma parece ser, ao menos para alguns, a revanche do leite de verdade, da gordura, da nata!

sábado, 3 de março de 2007

Disney.

Procurávamos uma viagem rápida durante o Spring Break, feriado de uma semana em que não damos aula. Pensamos em 5 dias, em um lugar quente, sem gastar muito, e queríamos uma piscina ou praia. A opção Orlando tornou-se imbatível: barato, a um vôo sem escala de 2 horas de distância de casa e quente. Eu pensei, se ficamos 5 dias, podemos visitar a Disney um dia. O marido anti-Disney não queria ir de jeito nenhum, mas acabou cedendo. Afinal, temos uma flor de 4 anos e achei que valeria a pena que ela brincasse no parque, embora não consiga entender a graça daquilo para maiores de 18 anos que podem pegar a mesma grana e visitar Nova Yorque ou São Francisco, por exemplo. O resultado?

Valeu. Mas não pelas razoes óbvias e sim pelo brincar, simplesmente pelo brincar.

Não jantamos com a Cinderela em sua Royal Table. Sim, você pode pagar mais uma fortuna além do ingresso e levar seu filho para jantar com a Cinderela, Mickey, Pateta, praticamente quem você quiser.

Não ficamos nos hotéis da Disney, nao completando assim nosso Magical Day. Sim, tem hotel para todos os gostos no complexo Disney: se gosta de praia, tem um com praia e areia fake imitando Polinésia. Se você se acha mais contemporâneo, pode ficar no hotel onde passa o monorail que dá acesso aos parques. A idéia vendida é que você pode ser e fazer o que quiser sem precisar sair do complexo Disney.

Não compramos a Disney e trouxemos para casa. Sim, você sai de brinquedos como o do ursinho Puff e é obrigado a passar pela loja com o mundo do ursinho... Isso para não falar do mundo do rato mais famoso do planeta! Dá para viver só com acessórios Mickey, do tapete a escova de dentes. São essas estratégias maldosas e perversas para os pequenos que discordamos. Não que pensei que seria diferente, mas o apelo ao consumo – de idéias, de sonhos, de coisas – é muito maior do que eu imaginava, ou me lembrava, porque visitei o parque aos 15 anos. Mudei muito ou mudou o parque? Sim, o complexo parece ter crescido muito, mas acredito na primeira opção.

Valeu pelos brinquedos mais simples e pelos shows. O carrossel, uma espécie de trem-fantasma, os brinquedos de rodar, os filmes 3D e os shows com os personagens...

Mas na verdade não existe nada educativo na Disney. Está tudo pronto, não há espaço para a criatividade, apesar de se pregar a importância da imaginação todo o tempo. Se sua filha quer ser uma princesa, ela vai jantar com a Cinderela, passa pela loja e compra tudo de Cinderela e ainda tem a chance de visitar o salão para crianças onde o cabelo, maquiagem (sim, maquiagem!!!) e unha podem ser arrumados... Aliás, a megalomania da versão princesa da Disney é absolutamente horrorosa. Não, não sou contra crianças se vestirem de princesa, bailarina ou super-herói. Mas porque não criar a versão deles? Porque não usar a criatividade de fato e deixar com que eles inventem suas fantasias de princesas e bailarinas e super-heróis? Pega uma sapatilha de uma cor daqui, um collant de outra cor dali, arranja uma coisa para por no cabelo e vá dançar! Na Disney você é induzido a comprar o kit completo: vê a princesa, pede autógrafo (filas enormes!) compra a roupa, janta com ela, vai ao salão e quando vê, levou o pacote completo.

De certa maneira, o que a Disney oferece alem do fascínio das princesas e dos personagens de desenho animado é a facilidade do pacote completo, do conhecido, da satisfação garantida e imediata. Ir a Franca e se arriscar a falar um francês enferrujado ou ate não existente dá muito trabalho. Ir ao EPCOT e ver o pavilhão dos países -10 países de uma vez! – parece ser muito mais fácil. Afinal, para que conhecer a Torre Eifel de verdade se pode-se estar na Franca de manhã, almoçar nos Estados Unidos, passear pelo México à tarde, passando pelo Japão e jantando no Canadá? Também é fácil não ter que pensar onde comer ou o que fazer no dia seguinte. Consome-se tudo: das emoções sem risco da montanha russa à parafernália com as orelhinhas do Mickey. Tudo fácil, disponível, descartável. Mas onde fica o real? Onde estão as experiências de verdade? Onde está o mundo?

Vista como um parque de diversões a Disney vale uma visita, mas o pacote completo não dá espaço para mais nada. No fim das contas, quando perguntamos à flor o que mais gostou da viagem, ela foi implacável: de brincar e da piscina. Da próxima vez, vamos para a praia na Flórida brincar em carrossel de parque de diversão “normal” e ficar sem fazer nada! De verdade!