- "Mamãe, amo o papai muito e amo você muito!"
- "Que bom, filha, fico feliz em ouvir isso!"
- "Mas eu amo o papai muito muito e você eu amo médio muito."
Engoli seco e deixei passar, claro. Deixaria de qualquer jeito, mas especialmente nessa nossa fase atual. Entendo perfeitamente ela verbalizar esse amor medio-muito e fico até feliz em vê-la expressando seus sentimentos de maneira saudável e clara. Afinal, estou meio ausente, apesar de estar fazendo das tripas coracao (séculos que nao uso essa expressao!) para estar presente.
Com esse trabalho na ONU tenho ficado entre Ann Arbor e NY e, por isso, ela tem sentido muito a minha falta. E eu a dela, morrendo de saudade, aflicao e dor. Mas sabia que ia ser assim e nao foi uma escolha facil. Antes de chorar pelas dificuldades penso que há ganhos. Fora o ganho profissional, nao é tao mal que ela seja tambem apegada ao pai e esse é um tempo para isso. Ainda mais levando em conta a chegada da flor-bebê em Fevereiro. E além disso falta praticamente só mais um mês de trançaçao porque o resto eu vou fazer em casa com meu marido e minha flor, esperando flor-bebê chegar para aumentar nosso jardim.
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
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6 comentários:
Putz, Lê.. que frase difícil de ouvir... mas o bom é que você escolheu um cara muito bacana pra se casar, né... e que está exercendo a função de pai da melhor maneira...
Minha afilhada também era toda toda comigo, agora só quer saber do Tio Neto... eu fico pra escanteio...
Quando for a Gabriela nem imagino como vou reagir... preciso me fortalecer pra ouvir isso...
Já já vou responder seu e-mail.
Beijo Hverardo
Oi Letícia, que legal ter notícias suas.
Não sei quanto anos tem sua flor mas o meu tem 3 anos e 8 meses e deu pra falar coisas muito engraçadas que não sei da onde ele tira.
O "gosto de você" foi substituído por "I love you, mommy"... já que ele agora só quer falar inglês conosco...
Meu marido está na França e liga todos os dias e o "baby" se recusa a falar com ele, diz que está ocupado, que tem um bubu... sente a ausência do pai, que quando não está viajando, está trabalhando até tarde...
c'est la vie...
bjs
Letícia,
vai ser outra menina? Que alegria saber que você está bem.
Se cuida.
Bjs
Verarda, na verdade nao fiquei nada triste com o comentario do amor-medio da flor. Afinal, ela e' uma crianca e essa e' a forma dela digerir essa pseoud-ausencia. Achei que foi ate' bem maduro e saudavel pra te dizer a verdade.
Isabella, pelo que ando precebendo a maioria nao gosta muito de falar ao telefone. Em Agosto, quando eu e meu marido passamos uma semana na praia ela disse: "Vovo^, nao quero falar com a minha mamae nao, eu quero ela aqui, mas falar no telefone nao quero nao!" Ela tem toda razao - nao resolve nada de matar as saudades esse negocio de telefone!
Maharani, SUPER obrigada pela mensagem carinhosa. Estou passando super bem e me cuidando direitinho, e sim, teremos outra flor. Nosso jardim ficara' cheio de flores e estamos radiantes!
Beijos para as 3!
meu Henrique gosta de olhar para mim e dizer: - eu não gosto de vc! (pausa dramática) - eu AMO vc...
e agora resolveu quantificar... para ele, adorar é mais que amar, que é mais que gostar... então, de vez em quando ele diz que me adora, também...
o problema é ele virar para mim, no meio da tarde de um dia onde a gente deveria ficar juntos até o dia seguinte, e pedir para ir para a casa da mãe...
mas criança é assim: só importa o momento exato que estão vivendo...
temos tanto a aprender com eles, não?!!?
Henrique, eles sao super dramaticos mesmo ne'? Flor e' extremamente dramatica, mas nem posso falar nada que tambem sou. E concordo com vc, crianca so' se importa com o momento e nao tem papas na lingua, o que acho bem bacana. A gente nao pode e' tomar como uma coisa permanente quando na verdade so' reflete aquele momento. Temos mmuuiittoo o que aprender com eles, vc tem toda razao.
Bjs,
Leticia.
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