Foi em Novembro do ano passado, em uma consulta de rotina do pré-natal. Semana 11. A médica não consegue ouvir batimentos cardíacos, mas não nos preocupamos. A experiência da gravidez da flor tinha sido tão tranquila que não nos passou pela cabeça que poderia haver algum problema. Afinal, eu estava me sentindo muito bem. Chega o aparelho de ultra-som. Não há batimento cardíaco. Trata-se de uma gravidez interrompida, a médica nos diz. Sim, é muito comum. Sim, poderia engravida r de novo e ter outro filho. Sim, já temos uma filha super feliz e saudável. Sim, sim, sim. Mas fazer parte dessa estatística não diminui em nada a dor da perda e do desamparo. Isso sem falar na culpa, algo, por definição, inerente a toda mãe. O que eu fiz de errado em algum momento daquelas 11 semanas? Foi o congresso no México? Foi ter demorado a almoçar naquele dia? Foi ter dormido mal? Ansiedade? Não fiz absolutamente nada de errado. Apenas não dependia de mim, como tantas outras coisa na vida não dependem da gente. Mas o que eu não sabia é que tão difícil quanto a perda de um sopro de vida tão desejada, seria acreditar que outra vida tão desejada seria possível. Ela é possível e está aqui. Semana 10. Existe batimento cardíaco compatível com 10 semanas e o embrião está crescendo de forma normal. Está tudo normal. Apenas meu coração está apertado, torcendo para que dessa vez essa nova vida venha, saudável e feliz.
P.S.: Queridos 5 leitores, a ausência se deve ao coração apertado. Mas de tão apertado, não coube mais nada, transbordou, e estou de volta.
segunda-feira, 30 de julho de 2007
quarta-feira, 20 de junho de 2007
coitado do Seu Jorge
ontem assistimos a um show duplo aqui em Ann Arbor. Na primeira metade, Seu Jorge foi genial, encantou a platéia com varias conversas em inglês e levantou todo mundo com sua voz rasgada e suas variações de ritmo. Mas ele estava só abrindo o show da atração “principal”, Cesária Évora, cuja modorra e repetição fizeram bocejar até os mais entusiasmados que tentaram se mexer no início ainda embalados pelo swing de Seu Jorge. Não que eu não goste de Cesária Évora, tenho alguns CDs e escuto com certa freqüência, funciona muito bem na hora de se concentrar pra escrever por exemplo, aquela melodia meio big band anos 50, aquela voz escorregadia. Mas o show é chato de doer. Cesária não fala uma palavra com o público, nem em português nem em francês, canta quase parada e depois de uma hora nós já estávamos achando que ela estava repetindo músicas. Ah não, peraí, é que as músicas são todas iguais mesmo. E nem pra chamar o Jorge Mario no final. Ou foi o brasileiro que se mandou, entediado como todos nós. De qualquer forma, deu sono e deu pena do Seu Jorge que ta escutando isso a cada dois dias pelo mundo a fora.
ps: meus queridos cinco leitores, ando sumida né? mas prometo voltar assim que terminar um curso super intenso de estatística que eu inventei de fazer no verão. to com saudade de todo mundo mas não estou tendo tempo nem de ler os blogs de vocês.
ps: meus queridos cinco leitores, ando sumida né? mas prometo voltar assim que terminar um curso super intenso de estatística que eu inventei de fazer no verão. to com saudade de todo mundo mas não estou tendo tempo nem de ler os blogs de vocês.
terça-feira, 29 de maio de 2007
As 7 Coisas.
Quase todo mundo já fez sua lista dos 7. Eu, como sempre atrasada, finalmente consegui terminar a minha. Finalmente, Isabella! Trabalho árduo esse de escolher 7!
Sete coisas que faço bem:
1. cozinhar (marido e filha concordam...)
2. arrumações de modo geral
3. achar barganhas em lojas
4. cuidar da minha flor
5. fazer amizades
6. fazer mil coisas ao mesmo tempo (ou… multitask)
7. segundo meu marido, capacidade lógica
Sete coisas que não faço e não sei fazer (e já desisti…):
1. bater prego na parede (sempre acabo batendo o dedo)
2. guardar as coisas no lugar quando chego em casa (mas em compensação depois, sou ótima!)
3. ser otimista (mas continuo tentando…)
4. “preparar” pratos antes de colocar na maquina de lavar louça (não consigo entender... se tem de enxaguar, prefiro lavar logo de uma vez!)
5. colocar o lixo fora de casa
6. cuidar de bicho de estimação (me perdoem os que gostam de gatos e cachorros, não tenho talento para cuidar desses bichinhos, apesar de gostar de cachorros...)
7. dormir com barulho (adoraria ter esse dom, mas não tenho mesmo)
Sete coisas que me atraem no sexo oposto:
1. inteligência
2. senso de humor
3. lealdade
4. feminilidade (“Quem dera, pudesse todo homem compreender, ó mãe, quem dera…")
5. otimismo
6. companheirismo e compreensão
7. ser um pai bacana
Sete coisas que não suporto no sexo oposto:
1. machismo
2. imaturidade
3. egoísmo (os auto-centrados são péssimos…)
4. mentira
5. enxergar só trabalho, trabalho, trabalho na frente
6. burrice
7. estupidez, grosseria e brutalidade
Sete coisas que digo com freqüência:
1. minha flor
2. beijo, tchau
3. obrigada
4. licença
5. ta difícil
6. E aí? (assim como a Elena)
7. Beleza?
Sete atores/atrizes que admiro (entre tantos outros):
1. Marieta Severo
2. Meryl Streep
3. Marco Nanini
4. Fernanda Montenegro
5. Jack Nicholson
6. Robert Redford
7. Susan Sarandon (assim como a Regina)
Sete atores/atrizes que detesto (entre muitos outros...):
1. Antonio Banderas e sua senhora
2. Kevin Costner
3. Mel Gibson
4. Whoopi Goldberg
5. J-lo, Xuxa e qualquer uma na mesma linha (isso se forem consideradas atrizes...)
6. Regina Duarte (mala, mil vezes mala sem alça)
7. Jim Carrey, mil vezes Jim Carrey!
Sete filmes favoritos (entre tantos outros):
1. Zelig (Manhattan, Match Point, Assassinato na Broadway, Hannah e suas irmãs, Celebrity, Small time crooks, e todos os outros)
2. Mulheres a beira de um ataque de nervos (Volver, Todo sobre mi madre, e todos os outros)
3. Central do Brasil
4. Pulp Fiction
5. Asas do Desejo (Win Wenders e não aquela coisa estranha que foi feita depois…)
6. Terra Estrangeira
7. Casablanca
Sete filmes que eu detesto (entre outros):
1. Ace Ventura (ou qualquer um com o Jim Carrey)
2. Dança com Lobos
3. Todos os pseudo engraçados com o Eddie Murphy
4. A vida é bela (concordo com Maharani nessa -- Roberto Benigni não me agrada)
5. Austin Powers (h-o-r-r-e-n-d-o)
6. Todos de terror
7. Qualquer um com mais de duas explosões
Sete livros favoritos (entre tantos outros)
1. Ou isto ou aquilo, Cecília Meireles (desde sempre eu adoro esse livro – eu deveria ter assimilado a mensagem há muito tempo – ou isto ou aquilo...)
2. Shalimar,Versos Satânicos, Salman Rushdie
3. Grande Sertão Veredas, Guimarães Rosa
4. Memorial do Convento, Saramago
5. Tudo da Adélia Prado
6. Tudo do Nelson Rodrigues (sim, pessoal, a-d-o-r-o aquela baixaria toda, morro de rir)
7. Cidades Invisíveis, Calvino
Sete lugares favoritos (entre outros)
1. NYC (assim como a Andreia)
2. São Francisco
3. Índia (principalmente Rajastao)
4. Barcelona
5. Bahia
6. Qualquer praia, inclusive as praias do lago Michigan como Union Pier, contanto que seja para ficar bem a toa
7. Ann Arbor na primavera e no verão
Passo a bola para Claudia, Flavia, Helê das Fridas, Max e Fernando. É marido, até tu...
Sete coisas que faço bem:
1. cozinhar (marido e filha concordam...)
2. arrumações de modo geral
3. achar barganhas em lojas
4. cuidar da minha flor
5. fazer amizades
6. fazer mil coisas ao mesmo tempo (ou… multitask)
7. segundo meu marido, capacidade lógica
Sete coisas que não faço e não sei fazer (e já desisti…):
1. bater prego na parede (sempre acabo batendo o dedo)
2. guardar as coisas no lugar quando chego em casa (mas em compensação depois, sou ótima!)
3. ser otimista (mas continuo tentando…)
4. “preparar” pratos antes de colocar na maquina de lavar louça (não consigo entender... se tem de enxaguar, prefiro lavar logo de uma vez!)
5. colocar o lixo fora de casa
6. cuidar de bicho de estimação (me perdoem os que gostam de gatos e cachorros, não tenho talento para cuidar desses bichinhos, apesar de gostar de cachorros...)
7. dormir com barulho (adoraria ter esse dom, mas não tenho mesmo)
Sete coisas que me atraem no sexo oposto:
1. inteligência
2. senso de humor
3. lealdade
4. feminilidade (“Quem dera, pudesse todo homem compreender, ó mãe, quem dera…")
5. otimismo
6. companheirismo e compreensão
7. ser um pai bacana
Sete coisas que não suporto no sexo oposto:
1. machismo
2. imaturidade
3. egoísmo (os auto-centrados são péssimos…)
4. mentira
5. enxergar só trabalho, trabalho, trabalho na frente
6. burrice
7. estupidez, grosseria e brutalidade
Sete coisas que digo com freqüência:
1. minha flor
2. beijo, tchau
3. obrigada
4. licença
5. ta difícil
6. E aí? (assim como a Elena)
7. Beleza?
Sete atores/atrizes que admiro (entre tantos outros):
1. Marieta Severo
2. Meryl Streep
3. Marco Nanini
4. Fernanda Montenegro
5. Jack Nicholson
6. Robert Redford
7. Susan Sarandon (assim como a Regina)
Sete atores/atrizes que detesto (entre muitos outros...):
1. Antonio Banderas e sua senhora
2. Kevin Costner
3. Mel Gibson
4. Whoopi Goldberg
5. J-lo, Xuxa e qualquer uma na mesma linha (isso se forem consideradas atrizes...)
6. Regina Duarte (mala, mil vezes mala sem alça)
7. Jim Carrey, mil vezes Jim Carrey!
Sete filmes favoritos (entre tantos outros):
1. Zelig (Manhattan, Match Point, Assassinato na Broadway, Hannah e suas irmãs, Celebrity, Small time crooks, e todos os outros)
2. Mulheres a beira de um ataque de nervos (Volver, Todo sobre mi madre, e todos os outros)
3. Central do Brasil
4. Pulp Fiction
5. Asas do Desejo (Win Wenders e não aquela coisa estranha que foi feita depois…)
6. Terra Estrangeira
7. Casablanca
Sete filmes que eu detesto (entre outros):
1. Ace Ventura (ou qualquer um com o Jim Carrey)
2. Dança com Lobos
3. Todos os pseudo engraçados com o Eddie Murphy
4. A vida é bela (concordo com Maharani nessa -- Roberto Benigni não me agrada)
5. Austin Powers (h-o-r-r-e-n-d-o)
6. Todos de terror
7. Qualquer um com mais de duas explosões
Sete livros favoritos (entre tantos outros)
1. Ou isto ou aquilo, Cecília Meireles (desde sempre eu adoro esse livro – eu deveria ter assimilado a mensagem há muito tempo – ou isto ou aquilo...)
2. Shalimar,Versos Satânicos, Salman Rushdie
3. Grande Sertão Veredas, Guimarães Rosa
4. Memorial do Convento, Saramago
5. Tudo da Adélia Prado
6. Tudo do Nelson Rodrigues (sim, pessoal, a-d-o-r-o aquela baixaria toda, morro de rir)
7. Cidades Invisíveis, Calvino
Sete lugares favoritos (entre outros)
1. NYC (assim como a Andreia)
2. São Francisco
3. Índia (principalmente Rajastao)
4. Barcelona
5. Bahia
6. Qualquer praia, inclusive as praias do lago Michigan como Union Pier, contanto que seja para ficar bem a toa
7. Ann Arbor na primavera e no verão
Passo a bola para Claudia, Flavia, Helê das Fridas, Max e Fernando. É marido, até tu...
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Divisões Perigosas.

Se você está no Rio e se interessa pelo tema políticas raciais, repasso o convite que recebi para o lançamento do livro “Divisões Perigosas: Políticas Raciais no Brasil Contemporâneo”, organizado por Peter Fry, Yvonne Maggie, Marcos Chor Maio, Simone Monteiro e Ricardo Ventura Santos.
Se você não está no Rio e assim como eu se interessa pelo tema, fiquemos de olho para ver quando ele aparecerá no Submarino. Ele ainda não está disponível, mas está com toda pinta de aparecer logo, logo.
A propósito, na Revista Veja dessa semana saiu um artigo denunciando ameaças que os organizadores do livro vêm sofrendo, segundo a antropóloga Yvonne Maggie. Dado que não li o livro ainda e não vi essa notícia em nenhum outro lugar on-line, fica a pergunta: Alguém sabe mais sobre isso? Sera mais alguma noticia fabricada pela Veja?
P.S.: Sim, meus caros 4 leitores, perdoem-me a insensatez, mas eu leio a Revista Veja on-line de vez em quando.
terça-feira, 22 de maio de 2007
Zeitouna.
Zeitouna é oliveira em árabe. Zeitouna é também o nome de um grupo de doze mulheres que vivem em Ann Arbor -- seis de descendência árabe e seis de descendência judia – e que se recusaram a ser inimigas. Há quatro anos elas se reúnem com o objetivo de se conhecer e entender suas diferenças e semelhanças. Através desse processo, elas buscam transformar sua forma de ver o outro, expandindo o diálogo entre os dois lados e o discurso político do conflito.
À medida que se conheciam, elas percebiam muito mais o igual que o diferente. Inclusive as estórias de perseguição, violência e guerra vividas por elas e suas famílias. Esse processo de conhecimento e diálogo culminou em ativismo e palestras. Agora essa história pode ser vista no documentário “Refusing to be Enemies: The Zeitouna Story”.
O trabalho do grupo é um belo exemplo do que está ao nosso alcance. Nos deparamos com problemas tão enormes – a fome, a guerra, a violência, a homofobia, o preconceito, etc, etc, etc... -- que suas soluções nos parecem inatingíveis e intratáveis. O fato é que a gente pode com o que está a nossa volta. Ensinar nossos filhos e a nós mesmos a enxergar o outro pelo que ele é. É concreto, é real, está próximo. E parece um bom começo.
À medida que se conheciam, elas percebiam muito mais o igual que o diferente. Inclusive as estórias de perseguição, violência e guerra vividas por elas e suas famílias. Esse processo de conhecimento e diálogo culminou em ativismo e palestras. Agora essa história pode ser vista no documentário “Refusing to be Enemies: The Zeitouna Story”.
O trabalho do grupo é um belo exemplo do que está ao nosso alcance. Nos deparamos com problemas tão enormes – a fome, a guerra, a violência, a homofobia, o preconceito, etc, etc, etc... -- que suas soluções nos parecem inatingíveis e intratáveis. O fato é que a gente pode com o que está a nossa volta. Ensinar nossos filhos e a nós mesmos a enxergar o outro pelo que ele é. É concreto, é real, está próximo. E parece um bom começo.
quinta-feira, 17 de maio de 2007
E o mundo gira.
Wolfowitz acaba de renunciar ao posto de presidente do Banco Mundial.
Menos um ser da turma do Bush...
Iupi!!!
Vamos comecar o dia bem amanha.
Menos um ser da turma do Bush...
Iupi!!!
Vamos comecar o dia bem amanha.
quarta-feira, 16 de maio de 2007
Bilbiotecas públicas e estrelas.
Se tem uma coisa que gosto em Ann Arbor é sua biblioteca pública. Além de todos os livros infantis possíveis, tem também todos os DVDs que a flor gosta. A coleção de livros para adultos é ainda melhor. Recentemente, me interessei pelo livro Cigarettes are Sublime, sugerido pelo Idelber do Biscoito. Tem! Um amigo recomendou um livro sobre Leo Africanus. Tem! E hoje procurei CDS das Les Nubians, sugestão da Regina do Always por um Triz. Tem dois! Já reservei e vou passar para buscar daqui a pouco.
O espaço físico da biblioteca é ótimo para crianças. Ela torna-se ainda mais essencial no auge do inverno, quando precisamos de muita criatividade para programas bons e baratos com a flor. Ela se diverte com as atividades infantis e a contação de estórias. Aproveita também o espaço em si, com casinha de bonecas, aquários, mesinha com aparelho de chá de brinquedo, e muito, mas muito papel colorido, canetinha e crayon. Uma biblioteca pública tão boa é um privilégio. Além de usufruirmos do acervo, do espaço físico e das atividades, a biblioteca nos ajuda a formar na flor o conceito do pegar emprestado e o hábito de frequentar a biblioteca para pesquisar e tirar dúvidas. A idéia não é comprar e sim pegar emprestado, usar e devolver para que alguém mais possa usufruir. Ela lê os livros e assiste aos filmes sabendo que tem de devolvê-los. Além disso, ela sabe que pode procurar respostas para algumas de suas dúvidas nos livros da biblioteca. E sao ttttaaannnnttttaaasss dúvidas e perguntas...
Outro dia mesmo, ela me perguntou, mamãe, você sabe como nascem as estrelas? A mamãe aqui bem que tenta. Como nascem as estrelas, minha flor? Lá no céu tem milhões de estrelas... desviando o ponto da questão. Insatisfeita com a resposta que nem era uma resposta, ela repete, mas como elas nascem? Hum... Por fim, ela mesma sugere, vamos a biblioteca procurar um livro que mostre como nascem as estrelas? Assim, desejo em saber mais pode se transformar em desejo de ler um livro (ou, nesse caso, ser lido para ela) e isso se traduz em pegar o livro emprestado e não necessariamente em comprá-lo.
Além de tudo isso, a biblioteca aceita sugestões para seu acervo e as leva muito a serio. Eu mesma já sugeri dois livros que não havia encontrado na acervo. Minhas sugestões foram recebidas, as mensagens respondidas e os livros comprados. Sinto que o imposto pago à cidade tem retorno, no mínimo, em forma de biblioteca pública!
O espaço físico da biblioteca é ótimo para crianças. Ela torna-se ainda mais essencial no auge do inverno, quando precisamos de muita criatividade para programas bons e baratos com a flor. Ela se diverte com as atividades infantis e a contação de estórias. Aproveita também o espaço em si, com casinha de bonecas, aquários, mesinha com aparelho de chá de brinquedo, e muito, mas muito papel colorido, canetinha e crayon. Uma biblioteca pública tão boa é um privilégio. Além de usufruirmos do acervo, do espaço físico e das atividades, a biblioteca nos ajuda a formar na flor o conceito do pegar emprestado e o hábito de frequentar a biblioteca para pesquisar e tirar dúvidas. A idéia não é comprar e sim pegar emprestado, usar e devolver para que alguém mais possa usufruir. Ela lê os livros e assiste aos filmes sabendo que tem de devolvê-los. Além disso, ela sabe que pode procurar respostas para algumas de suas dúvidas nos livros da biblioteca. E sao ttttaaannnnttttaaasss dúvidas e perguntas...
Outro dia mesmo, ela me perguntou, mamãe, você sabe como nascem as estrelas? A mamãe aqui bem que tenta. Como nascem as estrelas, minha flor? Lá no céu tem milhões de estrelas... desviando o ponto da questão. Insatisfeita com a resposta que nem era uma resposta, ela repete, mas como elas nascem? Hum... Por fim, ela mesma sugere, vamos a biblioteca procurar um livro que mostre como nascem as estrelas? Assim, desejo em saber mais pode se transformar em desejo de ler um livro (ou, nesse caso, ser lido para ela) e isso se traduz em pegar o livro emprestado e não necessariamente em comprá-lo.
Além de tudo isso, a biblioteca aceita sugestões para seu acervo e as leva muito a serio. Eu mesma já sugeri dois livros que não havia encontrado na acervo. Minhas sugestões foram recebidas, as mensagens respondidas e os livros comprados. Sinto que o imposto pago à cidade tem retorno, no mínimo, em forma de biblioteca pública!
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